O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta quarta-feira (23/11), que o órgão divulgará o cronograma de entrega de vacinas bivalentes da Pfizer contra a Covid-19 nas próximas semanas.
Aprovados na terça-feira (22/11) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os imunizantes passaram por atualização que garante proteção contra as variantes Ômicron BA.1 e BA.4/BA.5 da Covid-19.
Segundo Queiroga, o contrato firmado entre o Ministério da Saúde e a Pfizer contempla a entrega das doses atualizadas. “Em breve, teremos o cronograma de envio dos lotes. As vacinas são efetivas contra óbitos e formas graves da doença”, disse o ministro.
A Pfizer não estipulou data para o envio dos imunizantes, mas ressaltou, em nota, que a entrega deve ser iniciada “nas próximas semanas”.
“As vacinas bivalentes mostraram induzir resposta imunológica robusta para as variantes Ômicron em circulação (BA.1 e BA.4/BA.5), e para outras variantes de preocupação, incluindo o vírus original. Elas também mantêm bom perfil de segurança e tolerabilidade”, informou a farmacêutica.
Aprovação das vacinas
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade, na terça-feira (22/11), o uso emergencial das versões bivalentes da vacina da Pfizer contra a Covid-19.
São os imunizantes Comirnaty Bivalente BA1 e Comirnaty Bivalente BA4/BA5, que atualizam a vacina monovalente aplicada atualmente. O objetivo é ampliar a proteção, abrangendo subvariantes da Ômicron.
A farmacêutica solicitou a aplicação das vacinas como dose de reforço na população a partir de 12 anos de idade. As fórmulas bivalentes, no entanto, não são recomendadas para o esquema inicial da vacinação — primeira e segunda doses.
De acordo com o laboratório, os frascos com a vacina bivalente terão cor cinza, diferente dos demais, para ajudar a distingui-los.
Aumento de casos
No Twitter, Queiroga também pediu que a população procure postos de saúde para tomar as doses de reforço contra a Covid-19. O ministro ressaltou o aumento de 161% na média móvel de casos da doença nos últimos 14 dias. A situação é acentuada pela chegada da variante BQ.1 ao país.
“Não podemos relaxar quando temos armas contra o vírus. Quase 70 milhões não tomaram a primeira dose de reforço, e mais de 32 milhões já poderiam ter tomado a segunda dose de reforço”, escreveu. Veja a publicação: