Polícia de MS prende principal suspeito de torturar e matar francês no Rio; um suspeito ainda está foragido

Um dos suspeitos de torturar e matar o francês Rodolphe Jean-Claude Maurice, de 25 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira (23), em Campo Grande. Alessandro de Azevedo Monteiro é um dos dois suspeitos que estavam foragidos após o crime, em agosto deste ano.

O suspeito foi preso por uma equipe de policiais civis do Grupo de Operações e Investigações (GOI), na região central da capital. Conforme as autoridades, após ser localizado o homem confirmou o nome, não ofereceu resistência e afirmou que já esperava pela polícia.

As autoridades policiais fluminense e francesa seguem a procura de Tawan Matheus Barros Virgolino, considerado foragido.

O outro envolvido no crime, Thiago Mariano dos Santos, foi preso na manhã dessa quinta-feira (22) por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso, e da 159ª DP (Cachoeira de Macacu).

Principal suspeito

Apontado pela polícia como mentor do crime, Alessandro se passava por engenheiro responsável pela falsa empresa Athus Construindo Sonhos. Ele usava registro profissional de um engenheiro de São Paulo.

“O principal objetivo do Alessandro era oferecer um serviço às vítimas, receber uma parte do valor e depois não finalizar a obra. Assim, repetia o golpe com diversas pessoas”, destacou a Polícia Civil.

 

A vítima contratou Alessandro por R$ 180 mil, pagou R$ 60 mil e, ao descobrir que se tratava de um golpe, foi até a casa falso engenheiro cobrar devolução do valor pago. Segundo a polícia, foi depois de ser cobrado que Alessandro começou a planejar o crime. Para executá-lo, aliciou Thiago e Tawan.

Entenda o caso

 

Rodolphe Jean-Claude Maurice foi morto em agosto  — Foto: Divulgação
Rodolphe Jean-Claude Maurice foi morto em agosto — Foto: Divulgação

Rodolphe, de 25 anos, reformava um imóvel na Estrada Burle-Marx, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, para transformá-lo em pousada. Desde o início, o crime vinha sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte). Todavia, chamou a atenção dos investigadores o fato de ter sido empregada tortura contra a vítima.

Segundo a Polícia Civil, foi constatado que os criminosos “usaram de violência extrema”, — exames cadavéricos revelaram que os meios empregados levaram à vítima a “intenso sofrimento físico”.

Os investigadores descobriram, então, que a vítima havia se desentendido com homem que havia contratado para realizar a reforma do imóvel. O desentendimento aconteceu após o jovem francês descobrir que havia caído em um golpe.

Os três homens visitaram a vítima três dias antes do crime. A Polícia não informou os detalhes apurados em relação à execução do assassinato, cometido na madrugada, entre os dias 27 e 28 de agosto.

Diversos bens foram levados do imóvel pelos assassinos, entre eles um iPhone 11 ProMax, um Playstation 5 e um MacBook que foram vendidos a receptadores na manhã seguinte ao crime. A polícia conseguiu identificar os receptadores e todos os bens foram recuperados.

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