Mato Grosso do Sul registrou uma queda no registro de casos de grandes queimadas nas áreas verdes de Mato Grosso do Sul entre os anos de 2021 e 2022, reflexo do trabalho de prevenção e conscientização realizado pelo Governo do Estado no período. A redução abrupta pode ser constatada nos números divulgados pela PMA (Polícia Milita Ambiental).
Braço da Polícia Militar que trabalha na prevenção de crimes ambientais e fiscalização do setor, a corporação aplicou durante o ano passado 1.038 autos de infração, somando R$ 23,6 milhões em multas ambientais nesse período.
Comparando 2022 a 2021, houve redução do total de autuações e significativa queda no valor das multas – a diminuição chegou a 56%, já que no ano retrasado as multas somaram R$ 53,2 milhões, em um total de 1.265 autuações.
“O valor de multas depende muito dos tipos de infrações. Como, por exemplo, no caso de poluição. As multas aplicadas podem ser de R$ 5 mil e chegar a R$ 50 milhões, dependendo do grau de danos causados e avaliados pelos policiais no momento da autuação”, explica o tenente-coronel Ednilson Queiroz.
Comandante da PMA, Queiroz também frisa que os valores maiores em 2021 devem-se às várias infrações de grandes áreas queimadas, com valores de multas muitos altos, as quais foram reduzidas em 2022, ano em que a PMA colocou em ação da Operação Prolepse, que preveniu incêndios urbanos e rurais.
“Quando se comparam 2022 a 2020, os valores foram semelhantes”, comenta, indicando que em 2021 houve duas multas referentes a grandes incêndios florestais que somaram aproximadamente R$ 38 milhões, elevando os valores daquele ano.
Predominam entre as infrações crimes contra a flora, relativos à pesca, poluição do ambiente e fauna – as demais infrações são referentes ao transporte irregular de produtos perigosos, contra o ordenamento urbano e a administração ambiental.
Aliado a esse trabalho de campo, o Governo do Estado se mobilizou para prevenir os incêndios, incluindo desde estudos específicos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) para prever os períodos de maior probabilidade de surgimento de mais focos, até o investimento em equipamentos e recursos humanos necessários.
Com uso até de aviões, foi possível que as equipes do Corpo de Bombeiros e demais instituições envolvidas no trabalho florestal combatessem as chamas, evitando o alastramento delas. A redução de áreas afetas no Cerrado foi de 83% no período crítico de seca, enquanto no Pantanal foi de 61%, comparando ao mesmo período em 2021.
Fonte: Dourados News