Após mais de dois meses, o acampamento dos manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, chegou ao fim. As tendas, barracas, banheiros químicos, cadeiras e banners foram retirados após determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Por volta das 13h, e não havia mais nenhum integrante do movimento. Pela manhã, um pequeno grupo de manifestantes resistiam em ‘cercadinho’ montado no canteiro da Avenida Duque de Caxias.
Mais cedo, na extensão do canteiro, montanhas de lixo retiradas do acampamento estavam às margens da avenida, onde também estão fixadas bandeiras do Brasil e faixas com pedidos de socorro às Forças Armadas e indicando “luto” e “guerra”.
A desmontagem do acampamento começou no fim da manhã de ontem (9), mas parte do grupo permanece no local.
Desmonte de acampamentos
A desmobilização da manifestação começou a ocorrer horas após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar o fim dos acampamentos e até prisão em flagrante de manifestantes que se recusarem a desmobilizar os atos, considerados pela Corte de terem intenções golpistas.
No domingo (8), milhares de manifestantes participaram de ato no Distrito Federal. A manifestação terminou em invasão de prédios públicos do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF. O patrimônio público foi depredado, incluindo danos a obras de arte e itens que fazem parte da história do Brasil.
Mais de 200 pessoas foram presas e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por 90 dias. Ainda no domingo, o Governo Federal determinou intervenção federal na segurança pública de Brasília.
Em Campo Grande, após os atos em Brasília, manifestações foram registradas em frente ao CMO, com carreatas que reuniram centenas de pessoas na tarde do domingo. Trecho da BR-163 também chegou a ser fechado por manifestantes, mas foi liberado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na madrugada desta segunda.