As investigações da polícia miraram imóveis e empresas geridas por testas de ferro. Advogados e funcionários de cartórios estão entre os presos.
A Polícia do Paraguai prendeu 11 suspeitos de compor organização criminosa responsável por lavar dinheiro para quadrilhas responsáveis pelo tráfico de drogas na região de fronteira com o Brasil. Ao todo, 27 mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos pelo Serviço Nacional Antidrogas (Senad) do país vizinho nesta segunda-feira (10).
Conforme a polícia do Paraguai, a organização tinha um esquema de lavagem de aproximadamente US$ 150 milhões, no tráfico de drogas na fronteira. O valor, convertido em reais no câmbio desta segunda, é de cerca de R$ 730 milhões.
Em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha à Ponta Porã (MS), 17 mandados foram cumpridos e 7 pessoas presas. Já na capital do Paraguai, outras quatro pessoas foram encaminhadas aos presídios.
A operação segue no Paraguai, de acordo com os investigadores da Senad.
Operação Pavo Real
Para combater o tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Paraguai, policiais paraguaios da Secretaria Nacional Antidrogras (Senad) com o apoio da Polícia Federal (PF) realizaram uma nova fase da operação “Pavo Real”.
A polícia faz diligências em 11 empresas suspostamente envolvidas na ação criminosa e cumpre mandados contra 32 pessoas, em Pedro Juan Caballero e outras regiões.
A polícia paraguaia acredita que as ação são comandadas por Jarvis Chimenes Pavão. Jarvis foi condenado há 16 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de tráfico internacional e associação internacional para o tráfico de drogas. Pavão está na Penitenciária Federal de Brasília.
As ações estão focadas na investigação patrimonial e financeira do esquema montado pelo criminoso. Essa ação, segundo o órgão faz parte de um acordo estabelecido no âmbito do Mercosul contra o poder do “Barão das Drogas”, como Pavão é conhecido.
As investigações da polícia miram imóveis e empresas geridas por testas de ferro, advogados e até funcionários de cartórios.
G1