Obras inacabadas, casas, aeroporto em Dourados e Rota Bioceânica: PAC é lançado em MS com investimentos de R$ 44,7 bilhões

A finalização de obras inacabadas, moradias do Programa Minha Casa Minha Vida, a construção do aeroporto de Dourados e a Rota Bioceânica estão entre as obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Mato Grosso do Sul. O pacote de obras terá o investimento de R$ 44,7 bilhões no estado nos próximos anos.

Ao todo, de acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o Novo PAC terá obras em nove eixos. No estado, haverá ações em pelo menos cinco deles: infraestrutura, energia, saúde, educação e conectividade.

“O PAC significa a volta do planejamento no curto, médio e longo prazo no Brasil. O PAC é dinâmico e vai levar transformação para a vida da nossa sociedade. Queremos dar as mãos, intensificar o diálogo e alavancar os percentuais da geração de emprego. A gente precisa reconstruir o país e Mato Grosso do Sul vai crescer ainda mais”.

No conjunto de obras do programa, algumas das mais importantes para o Mato Grosso do Sul são a construção do contorno de Três Lagoas, a adequação da BR-267 – Alto Caracol – em Porto Murtinho, o aeroporto de Dourados e moradias do Minha Casa, Minha Vida.

A previsão é de mais de R$ 44,7 bilhões em investimentos para Mato Grosso do Sul. Sendo R$ 29,1 bilhões para obras exclusivamente em território sul-mato-grossense e R$ 14,9 bilhões para obras de abrangência regional, que incluirá outros estados.

Para o ministro, “é preciso união, não necessariamente pensamento igual, mas união, fruto de debate democrático e respeitoso, onde pessoas podem ter opiniões diferentes, mas são capazes de dialogar”.

Durante a manhã, Rui Costa se reuniu com o governador Eduardo Riedel (PSDB) no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Campo Grande. Também participaram do evento a ministra de Planejamento, Simone Tebet; o ministro da Micro e Pequenas Empresas, Márcio França; e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes; além de outras autoridades.

Investimentos em MS

Durante o evento, a Ministra de Planejamento, Simone Tebet apresentou as principais obras do estado que serão contempladas. “Hoje estamos plantando sementes que o povo do Mato Grosso do Sul vai colher no futuro. Esse novo PAC é o início de um novo Brasil. O PAC em Mato Grosso do Sul já é uma nova realidade”.

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, discursa em evento de lançamento regional do novo PAC em Mato Grosso do Sul — Foto: Reprodução
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, discursa em evento de lançamento regional do novo PAC em Mato Grosso do Sul — Foto: Reprodução

Lançado há um mês, o novo PAC prevê para Mato Grosso do Sul R$ 44,7 bilhões para executar obras como a construção do contorno de Três Lagoas; adequação da BR-267 – Alto Caracol – Porto Murtinho; aeroporto de Dourados e mais moradias do Minha Casa, Minha Vida.

Veja outras obras que também vão ser comtempladas pelo PAC:

  • Obra importante para diminuir o fluxo viário de cargas e passageiros no perímetro urbano, o contorno da cidade de Três Lagoas/MS foi inserido no Novo PAC. Ele deve ampliar a competitividade dos produtores de grãos e demais ramos do agronegócio da região.
  • Outra obra estratégica em rodovia é a adequação da BR-267, entre Alto Caracol e Porto Murtinho. Ela vai garantir o acesso até a cidade que vai ligar o Brasil ao Oceano Pacífico pela ponte sobre o Rio Paraguai, dentro da Rota Bioceânica.
  • O aeroporto de Dourados também foi contemplado no programa federal. Melhorias na pista de pouso e decolagem, pátio e taxiway darão mais segurança a passageiros e empresas aéreas. Adequações no terminal de passageiros também estão em estudo.
  • A dragagem do Rio Paraguai, no Tramo Norte, que compreende o trecho entre Corumbá e a cidade mato-grossense de Cáceres, foi incluída entre os empreendimentos prioritários de Mato Grosso do Sul. As melhorias na hidrovia vão contribuir para melhorar a navegabilidade e dinamizar a economia da região.
  • Na área da produção de combustíveis de baixo carbono, está prevista a modernização da usina de Caarapó, a 274 km de Campo Grande, para a produção de etanol de segunda geração. A Parceria Público-privada (PPP) que deve tocar as obras está em estudos no Novo PAC. O etanol de segunda geração é produzido a partir dos resíduos do processo de fabricação do etanol comum e do açúcar.
  • A geração de energia também foi contemplada com a implantação da termelétrica a biomassa UTE Suzano RRP1, no município de Ribas do Rio Pardo, a 97 km de Campo Grande, com 384 MW. A obra já está em andamento.
  • Estão previstos investimentos também na área de habitação com imóveis do Programa Minha Casa Minha Vida; obras de abastecimento público de água em Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas; melhorias em creches, escolas e outros equipamentos públicos da área de Educação; expansão das redes 4G e 5G no estado, além de investimentos estratégicos na área de Saúde.

O PAC

A nova versão do PAC foi coordenada pela Casa Civil, que selecionou projetos de infraestrutura nas 27 unidades da federação. No Brasil, o montante total é de R$ 1,68 trilhão.

Lula aposta no retorno do programa para incentivar a geração de emprego e renda com grandes obras em diferentes áreas, com empreendimentos executados pelo governo federal e parcerias com o setor privado.

O PAC foi criado em 2007, no segundo mandato de Lula, e mantido até o final da gestão de Dilma Rousseff, em 2016. Nas edições anteriores do programa, o governo gastou R$ 666,5 bilhões, em valores atualizados pela inflação até junho deste ano.

O valor é pouco mais de 11 vezes maior que o recurso previsto para investimento anual na nova rodada, que é de R$ 60 bilhões.

Apesar dos altos valores de investimento, o PAC teve baixa execução de obras. Um relatório do TCU de 2019 aponta que o PAC 1 (2007 a 2010) concluiu somente cerca de 9% das ações previstas no período. Já o PAC 2 (2011 a 2014) entregou 26% das medidas previstas.

Fonte: G1 MS

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