O fim do outono (maio e junho) e o início do inverno (junho e julho) devem ser menos chuvosos e mais quentes em comparação à média histórica vista no mesmo período em Mato Grosso do Sul. A transição entre as estações promete ser diferente este ano.
É o que indica a previsão para o trimestre maio, junho e julho do Cemtec (Centro Estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima) e do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Grande parte de Mato Grosso do Sul e também o norte de Minas Gerais, o centro da Bahia, o sul de Tocantins, a divisa de Mato Grosso e Goiás, e o oeste de São Paulo devem ser as áreas mais afetadas pela precipitação abaixo da média e seca.
As temperaturas mais elevadas do que o normal são esperadas em todo o país, segundo o Inmet, em especial nas regiões Norte e Nordeste. Em Mato Grosso do Sul, as mais altas registradas podem chegar aos 33ºC e possivelmente aos 35ºC, conforme mostram os mapas analisados pelo meteorologista do Inmet, Olivio Bahia.
De forma geral, as temperaturas devem ficar de 0,5ºC a 1ºC mais elevadas em comparação à média histórica, segundo o meteorologista. Quanto às chuvas, abril já demonstra uma redução na precipitação. “Tendem a ficar mais concentradas e mal distribuídas daqui para frente, como é esperado para o período”, diz.
Seco
Por causa das mudanças atmosféricas no outono e inverno, as chuvas começam a ficar mais escassas e a poluição suspensa, o que provoca a névoa seca e faz cair drasticamente a umidade relativa do ar, continua o meteorologista. Os valores podem atingir até 20%, o que traz risco à saúde e requer cuidados.
Ele também alerta para a radiação solar e a possibilidade de aumento de incêndios no período. “Temos menos nebulosidade no período, então, como recomendam os médicos, é importante o uso do protetor solar, principalmente para quem trabalha no campo. Quanto aos incêndios, é uma tendência, só vai haver se não houver consciência e cuidado”, finaliza.
Decreto estadual assinado em 10 de abril, institui estado de emergência ambiental por 180 dias em Mato Grosso do Sul. A medida responde às condições climáticas que favorecem a propagação de focos de incêndios florestais.
El Niño
Os efeitos do fenômeno climático, que provoca o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, poderá ficar neutralizado no mesmo trimestre. Há 76% de chances de isso acontecer, segundo o Cemtec.
No segundo semestre do ano, há probabilidade da ocorrência de La Niña nos três meses que, ao contrário do El Niño, causa o resfriamento das águas do oceano.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS