Idoso de 63 anos morre a cadeiradas após ataque homofóbico

Um idoso de 63 anos, Vasfredo Guabiraba Moreira, foi morto a cadeiradas após, supostamente, proferir insultos homofóbicos contra Cristiano Souza do Nascimento, de 36 anos, do qual já confessou o crime e alegou defesa depois de ouvir os gritos preconceituosos.

Segundo a versão do agressor, ele estava passando pela Rua Saudade, em Sonora, e Vasfredo estava em frente a uma casa, junto com outro homem. Foi quando começou a proferir xingamentos a direção de Cristiano como “olha lá o viadinho passando, esses viados tem tudo é que morrer”.

Quando ouviu os insultos, o homem de 36 anos não se controlou e partiu para cima do idoso. Com auxílio de uma cadeira de plástico, começou a violentar Vasfredo, chegando a quebrá-lá. A agressão só parou quando o irmão da vítima chegou no local.

Pouco tempo depois, Cristiano foi preso, encaminhado à delegacia e disse que não tinha a intenção de matar o idoso. Vasfredo morreu no local, sem qualquer chance de socorro. Após a conclusão do trabalho da polícia e perícia, o crime foi classificado como homicídio e seguirá para investigação.

Crescimento

Mato Grosso do Sul é o Estado com o maior crescimento dos casos de homofobia e transfobia no Brasil, e o segundo em termos de crescimento dos casos de injúria racial. As informações constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, publicado no dia 18 de julho.

Conforme o anuário, que faz um levantamento detalhado de quase todos os dados de ocorrências policiais do Brasil, de 2022 para 2023, os casos de homofobia e transfobia no Estado cresceram 600%. Os registros desses casos saltaram de 2 para 14, e a taxa desse tipo de crime em território sul-mato-grossense passou de 0,1, em 2022, para 0,5, no ano passado.

O segundo maior crescimento dos casos de transfobia e homofobia no Brasil foi verificado em Santa Catarina, com um avanço de 500%. Ainda assim, o índice em Santa Catarina é inferior ao de MS: saiu de 0 e foi para 0,1.

Como denunciar

Para denunciar crimes de preconceito e discriminação LGBTfóbicas, basta acessar o formulário disponibilizado pela Governo de MS, com os seguintes documentos:

  • Cédula de Identidade (RG);
  • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
  • Comprovante de residência em seu nome;

Caso o comprovante de residência não esteja em seu nome, também preencher e assinar a Declaração Atualizada de Residência (Modelo de Declaração de Residência). Após assinar o formulário, você pode:

  • Escanear e enviar por e-mail (preferencialmente) no endereço: [email protected] OU
  • Entregar presencialmente, mediante agendamento pelo telefone (67 3316-9183) ou pelo e-mail: [email protected] OU
  • Enviar via correio para: Comissão Especial Processante LGBT. (Endereço: Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, Andar P, Centro, CEP 79002-200 – Campo Grande/MS).

 

Fonte: Correio do Estado

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