Após um período de secas severas, que favoreceram a proliferação de focos de incêndio no Pantanal, a chegada da chuva no local trouxe um respiro para a fauna e flora. Assim, a equipe do Corpo de Bombeiros que trabalha no combate às chamas, compartilhou no Instagram um vídeo em que é possível perceber esse alento que a água da chuva levou à região. E em meio à destruição causadas pelas chamas, capela e imagem de santa intactos chamaram atenção dos militares.
Conforme o vídeo, publicado pelo capitão do Corpo de Bombeiros, Silvanei Coelho, as equipes realizam uma checagem minuciosa para garantir que não haja pontos quentes ou focos de fogo remanescentes. Essa ação é crucial para prevenir novos incêndios, pois a chuva pode dar uma falsa sensação de que não há mais possibilidade do fogo recomeçar.
Contudo, a chuva já conseguiu mudar o cenário da vegetação na região. Dessa forma, os animais, que acabaram migrando de seus habitats para fugir das chamas, aos poucos retornam em busca de alimento e abrigo.
“A água revigorou as plantas, permitindo que brotassem novas folhas e flores, enquanto os rios e córregos ganharam vida, atraindo animais que estavam em busca de alimento e abrigo. Essa renovação não apenas melhora a qualidade do habitat, mas também reforça a biodiversidade local”, diz a legenda da publicação.
Chuvas amenizam incêndios no Pantanal
Boletim da Operação Pantanal 2024 com dados do dia 27 de outubro traz boas notícias sobre os incêndios florestais em Mato Grosso do Sul. Todos os focos de incêndio presentes nas microrregiões do Pantanal foram controlados com o auxílio das chuvas desde sexta-feira (25).
Conforme o documento, as precipitações contribuíram para o controle total das chamas, trazendo alívio para
a operação. Entretanto, o Corpo de Bombeiros reforça que o monitoramento continuará nas regiões críticas, para evitar novos focos de incêndio.
Regiões em monitoramento
Parque Estadual Pantanal do Rio Negro (PEPRN)
Duas áreas do Parque Estadual Pantanal do Rio Negro foram afetadas por focos de incêndio ao longo da semana. A primeira, entre o Rio Negro e o Rio Abobral, e a segunda, entre o Rio Vermelho e o Rio Miranda, nas proximidades do Morro do Azeite, seguem sendo monitoradas pelas equipes com o uso de drones.
Não foram detectados neste domingo (27) pontos de calor na unidade de conservação, mas a equipe de geomonitoramento da Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) segue mantendo vigilância contínua sobre a região.
Serra do Amolar
A região do Amolar vem enfrentando focos recorrentes de incêndio nas últimas semanas, exigindo vigilância constante das equipes de combate. Duas áreas de calor foram detectadas por satélite, uma a oeste e outra a leste do rio Paraguai.
As duas equipes, compostas por militares do CBMMS, permanecem na Base Avançada do Amolar, monitorando de perto a situação. Não foram detectados pelos satélites pontos de calor neste domingo, não havendo necessidade de intervenção.
Região de Paiaguás
Dois pontos de calor foram detectados na tarde de domingo, sendo um próximo à Reserva Particular do Patrimônio Natural Santa Cecília II, uma unidade de conservação ambiental que começou a ser afetada por incêndios desde o dia 19.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros realizou ações de combate nos últimos dias. O outro fica próximo à divisa
com Mato Grosso, situado a pouco menos de 25 quilômetros da Base Avançada São José do Piquiri, local em que se encontra uma equipe. A Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes segue monitorando as duas regiões e, até o término da confecção deste relatório diário, não houve acionamento de equipes para realizar ações de combate.