A última chuva de meteoros do ano promete ser um espetáculo aos amantes de astronomia, previstos entre esta sexta-feira (13) e ápice na noite de sábado (14). Entretanto, o tempo nublado previsto para Mato Grosso do Sul pode frustrar a observação da chuva de meteoros Geminídeas.
Esta é um dos fenômenos mais aguardados do ano. O monitor do Clube de Astronomia Carl Sagan da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Henrique Amaral Arcuri, explica que é esperado mais de 150 meteoros por hora, nascendo às 20h10, e se mantendo visível até o nascer do sol.
“Minha recomendação, é observar às 22h30, pois será o pico de observação”.
Segundo o Observatório Nacional, a proximidade da Lua cheia irá diminuir a visibilidade de seus meteoros. Contudo, as Geminídeas são conhecidas por serem muito brilhantes, além de geralmente produzirem os bólidos, as “bolas de fogo” que surgem quando um meteoro explode ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, emitindo uma luz intensa.
“A velocidade dos meteoros, de cerca de 35 quilômetros por segundo, não favorece a formação de rastros persistentes. As Geminídeas têm uma origem bem especial! Como explicou Luciana Fontes, colaboradora do projeto Exoss, elas não vêm de um cometa, como a maioria das chuvas de meteoros, mas sim do asteroide 3200 Phaethon”, descreve.
Outra curiosidade informada é que quando esse asteroide chega perto do Sol, ele libera pequenos grãos e partículas. Com o tempo, essas partículas cruzam o caminho da Terra e, ao entrar na nossa atmosfera, criam os incríveis meteoros que vemos no céu.
Como observar?
- Escolha um local com pouca poluição luminosa;
- Direcione o olhar para longe da lua;
- Não é necessário usar telescópio ou binóculos, basta ter paciência e deixar seus olhos se adaptarem ao escuro.
Tempo fechado
Apesar do espetáculo astrônomo, o tempo nublado e chuvoso em Mato Grosso do Sul pode frustrar a observação. A previsão indica que o fim de semana terá chuva com intensidade fraca e moderada em diferentes regiões do Estado.
De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), esta situação meteorológica ocorre devido à formação de uma área de baixa pressão atmosférica, aliado ao deslocamento de cavados. A aproximação e o avanço de um novo sistema frontal, aliado ao transporte de calor e umidade reforçam as instabilidades atmosféricas no Estado.
Fonte: Jornal Midiamax