Dados divulgados pela Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems) revelam que o estado fechou janeiro com aumento de 50,5% no número de empresas abertas em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos primeiros 30 dias de 2025, 1.298 novas empresas foram abertas, enquanto em janeiro de 2024 foram criadas 862 firmas. Destas quase 1,3 mil novas companhias, 75,1% (976 empresas) são do setor de serviços. Na sequência aparecem empresas de comércio, com 289 (22,2%), e indústria, com 33 (2,54%).
Acerca dos municípios, Campo Grande é líder na abertura de novas firmas, com 554 (42,6%), seguido por Dourados (147 – 11,3%), Três Lagoas (74 – 5,75%), Ponta Porã (53 – 4,08%) e Chapadão do Sul com (35 – 2,7%).
Durante todo o ano de 2024, foram abertas 11.164 novas empresas em Mato Grosso do Sul, 10,34% a mais do que o registrado nos 12 meses de 2023, quando foram criadas 10.117 firmas. Novamente, o destaque foi o setor de serviços, com 7.960 empresas (71,3%), na frente do comércio, com 2.781 (24,91%), e indústria, com 423 (3,79%).
Boa projeção para MS
O desempenho econômico da região Centro-Oeste deverá ser o único a apresentar uma aceleração econômica em 2025, impulsionado, sobretudo, pelo resultado agrícola. Os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, devem crescer 2,8% neste ano, acima dos 2% projetados em 2024, segundo um estudo da consultoria Tendências.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos 24/25 baterá recorde e pode atingir 322,25 milhões de toneladas – totalizando um aumento de 8,1% na comparação com 23/24.
Após a safra mais fraca de 2023/2024, com uma produção de 298 milhões de toneladas – queda em relação aos 320,9 milhões de toneladas do ano anterior -, o centro-oeste do Brasil começa a se recuperar. O impacto negativo sobre as lavouras de milho e soja, prejudicadas pelo fenômeno climático, afetou diretamente a economia da região, já que essas culturas têm um peso significativo na renda agropecuária local.
Com o clima desfavorável, o PIB agropecuário da região registrou uma queda de 6,1% em 2024. No entanto, as projeções para 2025 são mais otimistas, com uma previsão de crescimento de 6%, conforme dados da Tendências.
Se confirmadas as estimativas, a região retoma o posto de principal motor do crescimento econômico do País, posição que ocupou em 2022 e 2023, quando o PIB cresceu 5,9% e 4,9%, respectivamente.
Nos estados de MS (4,4%) e Mato Grosso (3,7%), os maiores produtores de grãos, deverão registrar os maiores índices de crescimento no PIB. No entanto, o cenário geral para o Brasil é de desaceleração econômica.
Matéria: Campo Grande News