Força-tarefa prende família que traficava cocaína de Corumbá em esquema que movimentou milhões

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Ação foi deflagrada após um ano de investigação

Uma família especializada no tráfico de cocaína entre a Bolívia e Brasil, foi presa durante a Operação Didelphis, deflagrada pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, também 11 mandados de prisão, em Corumbá e Campo Grande. Todos integrantes do grupo criminoso tinham funções definidas e logística preparada para o tráfico de cocaína. O ponto inicial era Corumbá, que faz fronteira com a Bolívia, sendo que a droga era distribuída para Campo Grande, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com as informações da polícia, em um ano de investigação foi possível apreender com o grupo criminoso, 70 quilos de pasta base e cocaína, que dariam para produzir 200 mil paradinhas, avaliadas em R$ 2 milhões. Foram apreendidos também 16 veículos, quatro armas e R$ 7 mil em dinheiro.

O líder do grupo era Thiago da Silva Tuelar, 31 anos, o Gambá, a quem foi denominada o nome da Operação Didelphis. “Gambá era o agenciador, quem articulava o recebimento de droga na fronteira de Corumbá, contratava os freteiros, despachava para Campo Grande e outros estados”, explicou o delegado Hoffman D’Ávila, da Denar.

Fazendo parte do esquema criminoso, parte da família de Gambá, foi presa durante a operação. A esposa de Thiago, Cirleia Pascoal da Silva, 39 anos, ajudava o esposo no recebimento da droga. A irmã de Gambá, Tatiana Regina da Silva, 39 anos, lavava o dinheiro por meio da compra de imóveis. Pelo menos dois imóveis deles foram identificados, apreendidos e bloqueados pela Justiça.

Até a mãe de Thiago participava das ações do grupo. Dirce Avelino da Silva, distribuía paradinhas de cocaína e pasta base em Corumbá. Conforme a polícia, Gambá comprava em média um quilo de cocaína por 3,3 mil dólares e um quilo de pasta base por 2,3 mil dólares.

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Funções dos presos

Gambá também tinha seu braço direito, identificado como Wagner Luiz Carrera Caraffa, 26 anos. Wagner – que já estava presa por conta de outra ação da Denar – era quem recebia a droga e distribuía em Campo Grande. A esposa de Wagner, Adriana dos Santos, 39 anos, ajudava o marido nas articulações e também se encontrava presa, por outra ação da Denar.

Anderson Alves Padini também distribuía a droga na Capital de Mato Grosso do Sul e seria o responsável de levar o dinheiro para Corumbá, para fazer pagamento das remessas de cocaína. Ele fornecia a droga para Jesiane Aparecida Carvalho, que depois revendia na Vila Nhánhá.

Maicon Barbosa Carneiro, 32 anos, foi identificado com um intermediador. Ele também recebia a droga e ajudava na negociação com os fornecedores. “Wagner e Anderson com apoio do Maicon, eram os principais receptadores da droga que vinha de Corumbá e fornecedores que abasteciam Campo Grande”, afirmou o delegado Gustavo Ferraris, da Denar.

O mecânico Fábio Nilson Ribeiro, 35 anos, tinha uma oficina em Campo Grande e era ele quem fornecia veículos, inclusive de clientes, para fazer as entregas das drogas.

Kamila Vicente de Moura, 18 anos, morava com a Paula Nayara Alvarez Ribeiro Maia, 24 anos, e as duas revendiam a droga do grupo no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Paula foi flagrada com 37 quilos de pasta base.

Júlio César de Lima Ojeda, 33 anos, foi preso em flagrante após ser encontrada droga na casa dele, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. Laura Adriana Alvarez Ribeiro, 41 anos, é mãe da Paula Nayara e esposa de Júlio. Ela também participava do esquema. Laura, Kamila e Júlio foram presos em flagrante.

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Operação

A ação foi desencadeada na última sexta-feira (13), envolvendo 48 policiais civis, sete policiais rodoviários federais e dois policiais militares, para o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, também 11 de prisão em Corumbá e Campo Grande.

Além da Denar, participaram policiais da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos), Garras (Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos à Banco, Assaltos e Sequestros), Delegacia Regional de Polícia Civil de Corumbá e também o DPE (Departamento de Polícia Especializada).

Fonte: Midiamax

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