Previsão da assistência técnica rural é que diante do atraso na colheita da soja, milho ocupe 1,9 milhão de hectares
Com o atraso no plantio da soja, a safrinha vai encolher pelo menos 9% em área plantada este ano em Mato Grosso do Sul. Em comparação aos dados da safra anterior (2018/2019) estima-se até o momento, recuo no cultivo em aproximadamente 9,02%, passando de 2,173 milhões para 1,977 milhão de hectares. Os dados foram divulgados hoje pela manhã na Famasul, pela Aprosoja MS.
Já a safra de soja 2019/2020 deve bater todos os recordes de produção no Estado, segundo estimativas da Aprosoja/MS e Sistema Famasul. Pela previsão das entidades rurais, MS deve colher 9,9 milhões de toneladas do grão, volume 12,5% superior a temporada anterior. As estatísticas são do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), com dados compilados pela Aprosoja/MS, Sistema Famasul e Governo.
De acordo com o boletim agrícola, em comparação à safra anterior (2018/2019), estima-se aumento de área plantada em 6,18% – de 2,9 milhões para 3,1 milhões de hectares. O levantamento indica que o acréscimo é uma constante nas últimas temporadas da oleaginosa, que se justifica com a entrada da agricultura em áreas de pastagens degradadas. Para a produtividade são esperadas 52,1 sacas por hectare na safra.
“Temos uma equipe técnica do Siga MS visitando as propriedades rurais diariamente, coletando dados e levando informação. Entre os principais diagnósticos desta safra foi o aumento de áreas de grãos em cima de pastagens, o que mostra a recuperação de áreas degradadas e o interesse em consorciar atividades, por parte dos produtores”, ressalta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
“A agricultura sul-mato-grossense avança de forma vertiginosa. E tudo se deve ao empenho conjunto entre a classe científica e os produtores rurais, que estão preparados, cultivando de forma correta e com as melhores estratégias. Acreditamos no recorde da colheita da soja, que também deve garantir bons preços, assim como o milho que iniciou o plantio neste mês”, disse Dobashi.
“Agricultura inteligente e eficiente. Assim podemos definir a atividade agrícola no estado. Os produtores rurais estão cumprindo seu papel de forma responsável, investindo em capacitação, adotando novas tecnologias para aumentar cada vez mais a produtividade e sustentabilidade das lavouras”, destaca o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.
Clima – As intempéries climáticas derrubaram a produtividade das lavouras de MS. Neste ciclo, apesar do atraso na chuva, a lavoura se manteve sem problema fitossanitário atípico e, na fase de enchimento de grãos, o índice de pluviosidade foi bom em todo o estado.
Milho – Com relação ao milho safrinha a unidade técnica da Famasul avalia que com o atraso no início das chuvas para o período de plantio da soja isso afetará o milho. “Esse fato, faz com que possivelmente a área de milho segunda safra sofra uma pequena diminuição em relação ao ano anterior, pois, as áreas que tiveram seu plantio de soja com muito atraso, não vão conseguir colher o grão em tempo hábil de se plantar o milho segunda safra dentro de sua janela de segurança climática. No entanto, para as áreas que conseguirem efetuar o plantio da segunda safra, a expectativa é de produtividades elevadas”, aponta a Famasul.
Fonte: CGNews