A denúncia de que duas mulheres indígenas de Amambai, região que faz fronteira com o Paraguai, teriam desaparecido ainda segue sem esclarecimentos. Elas teriam sido supostamente sequestradas por fazendeiros. Entretanto, há informações de que foram encontradas ainda na tarde desta terça-feira (31), sob denúncia de que uma delas foi estuprada.
Há suspeitas, segundo informações recebidas pela ONG ‘Kuñangue Aty Guasu’, que denunciou o caso nas redes sociais, de que uma delas teria sido estuprada. No entanto, não existe nenhum registro de ocorrência do caso. Os nomes das vítimas também não foram divulgados.
Em contato com a PF (Polícia Federal), que acompanha a denúncia do suposto desaparecimento, a PM (Polícia Militar) de Amambai teria informado, com base em relatos da Funai (Fundação Nacional do Índio), que as duas mulheres tinham saído com amigas e que tudo não teria passado de uma mal-entendido.
Segundo a ONG, as mulheres teriam sido arrastadas pelo milharal e gritos foram ouvidos do galpão onde ficaria a segurança privada dos proprietários. Entretanto, apesar da denúncia da ‘Kuñangue Aty Guasu’, outras entidades como o Cimi (Conselho Missionário Indigenista) acompanham o caso e também apuram a veracidade do relato.
Atém o momento também não existem indícios que o suposto sequestro dessas duas mulheres esteja ligado ao assassinato do indígena Alex Recartes Vasques Lopes, de 18 anos, em Coronel Sapucaia.
Sua morte gerou tensão na região e motivou a retomada de uma área indígena na cidade de Coronel Sapucaia. O caso é investigado pela Polícia Federal e também é acompanhado pelo MPF.
Na semana passada um grupo de representantes de diversas entidades defensoras dos direitos humanos, estiveram no local para prestar solidariedade aos indígenas da retomada Jopara. Eles reafirmam pedidos para que as autoridades federais investiguem o caso.
Fonte: Jornal Midiamax