O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), vem a Campo Grande na quinta-feira (30) para a entrega de 300 apartamentos do condomínio Jardim Canguru, fruto de parceria entre os governos municipal, estadual e federal e que faz parte do programa Casa Verde e Amarela.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também estará presente. Ao todo, foram investidos R$ 29 milhões, oriundos do Estado e da Federação, para a construção dos apartamentos. O município entrou com a doação do terreno e da infraestrutura.
Mais detalhes sobre a agenda presidencial na Capital ainda não foram definidos, segundo o deputado estadual Coronel David (PL).
A vinda de Bolsonaro estava prevista para o dia 20 deste mês, mas, após rumores de que o nome da ex-ministra da Agricultura e deputada federal Tereza Cristina (PP) estaria sendo ventilado para ocupar o lugar de vice em sua chapa, ele adiou a visita.
Nos bastidores, a informação era de que a possibilidade de chamar a sul-mato-grossense para disputar a reeleição ao seu lado não teria agradado à ala militar do governo.
À época, Tereza Cristina afirmou que não houve convite e seguiu cumprindo agenda de pré-campanha ao Senado.
Agora, aparentemente, o impasse foi resolvido, já que Bolsonaro anunciou, em programa no YouTube, na noite de domingo, que o general da reserva Walter Braga Netto (PL) será vice na chapa encabeçada por ele.
“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como vice”, disse. Ainda não há informações sobre quando será oficializada a dobradinha eleitoral.
APOIO E RACHA
Em Mato Grosso do Sul, Bolsonaro tem pelo menos dois palanques à sua disposição, dos pré-candidatos ao governo do Estado Capitão Contar (PRTB), deputado estadual, e Eduardo Riedel (PSDB), ex-secretário de governo.
Essa, inclusive, seria uma pauta a ser discutida, já que a direita sul-mato-grossense estaria rachada por conta disso.
No início do mês, parte dos apoiadores de Contar tentou intimidar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) durante evento em Campo Grande, usando nomes de baixo calão para se referir à ex-ministra Tereza Cristina.
O incidente chegou ao conhecimento do presidente, que ficou irritado com a situação. Em março, o Correio do Estado publicou, em primeira mão, que Riedel seria o candidato de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. Os dois teriam se encontrado pelo menos duas vezes para falar sobre o assunto.
De Contar, o jornal apurou que o presidente se lembra muito vagamente, e as vezes em que estiveram juntos resumem-se a eventos públicos, como na filiação do deputado ao PL (partido em que ele não ficou nem um mês e migrou para o PRTB), e na Fazenda Itamaraty, quando o deputado conseguiu uma foto com Bolsonaro.