Operação “Mata Atlântica em pé” foi lançada, nesta segunda-feira (19), com objetivo de combater o desmatamento no bioma. No estado, a ação mira 46 alvos de degradação da vegetação nativa, que foram identificados pelo Núcleo de Geotecnologias (Nugeo) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).
A ação, que além de Mato Grosso do Sul, tem abrangência em outras 17 unidades federativas, que possuem presença da Mata Atlântica. Em 2022, a ação chega em sua 5ª edição.
Em Mato Grosso do Sul, a operação contará com o apoio da Polícia Militar Ambiental (PMA), que realizará as fiscalizações no modo presencial. Os alvos, no estado, foram extraídos a partir dos dados elaborados pelo Programa de Detecção de Desmatamento Ilegal de Vegetação Nativa, que realiza análises multitemporais para identificação dos desmatamentos possivelmente ilegais.
As atividades de fiscalização, que prosseguem até o fim do mês, têm por objetivos identificar as áreas de Mata Atlântica desmatadas ilegalmente nos últimos anos, cessar os ilícitos e responsabilizar os infratores nas esferas administrativa, civil e criminal.
Operação nacional
Dados da edição mais recente do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, publicado em maio deste ano, mostra um aumento de 66% de redução do bioma em relação ao ano anterior.
Foram 21.642 hectares de floresta nativa desmatada entre 2020 e 2021 – o equivalente a mais de 20 mil campos de futebol. No período de 2019 a 2020, o registro foi de 13.053 hectares. Comparando com a marca de 2017 a 2018, quando se atingiu o menor índice de desflorestamento da série histórica (11.399 hectares), o aumento deste ano chega a 90%.
Outro dado trazido pela última edição do levantamento é o de que, no período 2020 a 2021, apenas dois estados apresentaram queda no desflorestamento, enquanto cinco unidades da federação acumulam 89% de todo o desmatamento identificado: Minas Gerais (9.209 ha), Bahia (4.968 ha), Paraná (3.299 ha), Mato Grosso do Sul (1.008 ha) e Santa Catarina (750 ha). Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Pernambuco, que, de acordo com as séries históricas, estavam próximos do fim do desmatamento, registraram alta no levantamento mais recente.
Fonte: G1 MS