Após denúncia, homem é detido com R$ 102 mil por suspeita de compra de votos

Um homem de 32 anos foi preso, em flagrante, nesta sexta-feira (30) na entrada da cidade de Bataguassu-MS, nas imediações da rodovia MS-395, por prática de crime eleitoral e corrupção. Ele transportava R$ 102,869 mil em dinheiro e alegou que a quantia era destinada ao prefeito da cidade, Akira Otsubo, ao prefeito de Brasilândia, Antônio de Pádua Thiago, e um terceiro homem, para pagamento de cabos eleitorais.

Segundo os delegados Daniel Wollz e Caio Goto, das regionais de Bataguassu e Três Lagoas, o carro usado pelo suspeito, uma SW4 ou Trailblazer, é registrado em nome da esposa do atual prefeito de Bataguassu, Taiko Wagatuma Otsubo.

O acusado revelou que 20 pessoas seriam pagas com o dinheiro, cada uma com R$ 500, o que totaliza R$ 10 mil. O dinheiro estava depositado em três pacotes e separados em notas de R$ 50 e R$ 100.

No momento da autuação, o homem mostrou os contratos de serviços remunerados para campanha eleitoral, mas nenhum deles continha a assinatura dos contratantes. Segundo apurado, além do dinheiro, foram apreendidos o veículo, dois celulares e todo o material de campanha.

Segundo a polícia, o preso solicitou a comunicação de sua prisão aos prefeitos durante as diligências. Após detenção, pagou fiança de R$ 28 mil e foi liberado.

Denúncia

A Polícia Civil ressaltou que foi informada do crime através de uma denúncia anônima, que relatava que o carro em questão, teria saído de Campo Grande com destino a Bataguassu e Santa Rita do Pardo, com o objetivo de comprar votos na região.

Diante disso, a equipe foi até a entrada da cidade de Bataguassu-MS, nas imediações da rodovia MS-395, para verificar a informação. Após 30 minutos de fiscalização e abordagens, os agentes avistaram o veículo Trailblazer branca, com placa de Campo Grande. As características batiam com a denúncia anônima.

O condutor abriu as portas e mostrou os envelopes em que estariam o dinheiro, dizendo que seria para o os prefeitos de Bataguassu e Brasilândia e para outro homem, que não teve a identificação completa repassada.

As investigações seguem para descobrir eventuais envolvimentos de outras pessoas nos fatos, e identificar a origem do dinheiro.

 

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

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