Mais 12 vítimas procuraram a Polícia Civil para denunciar abusos sexuais cometidos pelo psicólogo Jorge Zacarias, de 63 anos, em Fátima do Sul (MS) nesta semana. As novas denúncias vieram após uma adolescente, de 15 anos, procurar os oficias alegando ter sido estuprada durante terapia. O suspeito está preso desde 13 de setembro.
Em pedido à Justiça, a delegada Gabriela Vanonini, quem comanda o caso, solicitou a conversão da prisão de Jorge Zacarias de flagrante para preventiva. O pedido deve ser atendido até sexta-feira (7), segundo a oficial.
Nessa segunda-feira (3), Jorge Zacarias compareceu à Delegacia de Atendimento à Mulher de Fátima do Sul para ser interrogado. O psicólogo foi acompanhado do advogado. O suspeito permaneceu em silêncio em todo interrogatório.
Os relatos das vítimas foram colhidos em atendimento especial. A Polícia Civil apura se há outras mulheres abusadas.
A delegada encoraja outras pessoas que possam ter sido abusadas pelo psicólogo a realizaram denúncia. A Delegacia de Atendimento à Mulher de Fátima do Sul fica na rua Presidente Dutra, 1261. O telefone para contato é (67) 3467-1622.
O que diz a defesa
A defesa de Jorge Zacarias confirmou a ida do cliente ao interrogatório. Em nota, o advogado que representa o psicólogo disse que “Jorge pretende comprovar a sua inocência quanto as acusações feitas em seu desfavor, porém, neste momento processual utilizou-se do seu direito de silêncio para se manifestar em audiência futura perante o Juiz de direito”.
Relembre o caso que desdobrou novas denúncias
Jorge Zacarias foi preso, em meados de setembro, suspeito de ter abusado sexualmente de uma adolescente, de 15 anos, durante uma consulta.
Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher de Fátima do Sul, Gabriela Vanoni, a vítima compareceu ao departamento de polícia, acompanhada da mãe, e relatou o abuso durante uma sessão de terapia.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o suspeito já havia sido denunciado uma outra vez, em 2013, pelo mesmo crime.
“Ficou nítido que ele cometia esses crimes, inclusive existe indícios de que exista outras vítimas que, pela delicadeza do caso, a vítima não comparece até a delegacia para denunciar”, informou a delegada.
Fonte: G1 MS