A adolescente Luana Gonçalves, de 14 anos, encontrada morta em estado de decomposição no último dia 26, nos fundos de uma loja em Pedro Juan Caballero, estava grávida de três meses. A jovem brasileira morava em Sanga Puitã, distrito de Ponta Porã.
“Ela estava grávida, só eu sabia, era um segredo entre eu e ela, ela não queria que contasse pra ninguém. Fui eu mesmo que comprei o teste pra ela fazer, deu positivo na minha frente. Só que eu não sei o que ela fez com o teste de gravidez, mas eu confirmo, ela estava grávida mesmo e era só um segredo entre eu e ela”. O relato é da irmã da menina.
“Ela estava grávida de três meses, era um segredo entre nós”, disse a irmã da jovem em áudio enviado ao secretário de segurança de Ponta Porã, Marcelino Nunes. O áudio já foi repassado à Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e Polícia Nacional do Paraguai.
Luana estava desaparecida desde o último dia 22 de abril. A adolescente teria ido para um bar no centro de Ponta Porã na companhia de duas amigas e dois amigos e, depois disso, não deu mais notícias. Duas irmãs de Luana, então entraram em contato com uma amiga da adolescente, que também estava no bar.
De acordo com relatos das irmãs, essa amiga também informou que a adolescente e mais algumas pessoas, depois de participar de uma festa, estariam dentro de um carro nas proximidades do Trevo da Cuia e que ela ameaçava pular da janela. No carro, Luana então teria dito: “Eu sou uma sereia, preciso ir atrás do meu sereio”. Depois disso, teria descido do carro e não foi mais vista, segundo a amiga.
O celular de Luana estava com a amiga desde o dia que a jovem desapareceu. Só no último dia 28, a irmã da jovem conseguiu recuperar o aparelho, que foi entregue na Guarda Civil Municipal da Fronteira. O celular foi levado para a delegacia em Ponta Porã para perícia.
A amiga chegou a usar o aparelho de Luana e enviou mensagens perguntando sobre a jovem, até então desaparecida, para familiares da vítima. A irmã de Luana chegou a relatar que conversas no celular da vítima podem auxiliar nas investigações.
Discutindo com policial
Outro fato nas investigações sobre a adolescente é em relação a uma postagem publicada nas redes sociais do Paraguai. Após o seu desaparecimento, ela teria sido vista discutindo com um policial paraguaio em um posto de combustível do outro lado da Linha Internacional.
“Essa menina eu vi sábado passado em posto de cuia, falando e discutindo com um policial paraguaio q tava num carro branco carola branco[sic]”, diz a íntegra da publicação de um internauta paraguaio que cita até a placa do veículo.
Morte
De acordo com o médico legista do Paraguai, César González Haiter, a adolescente, encontrada já em estado de decomposição, sofreu um ferimento na cabeça do lado direito que lhe causou a morte. “Presume-se que os autores do crime utilizaram uma arma contundente para causar a morte da vítima”, disse.
Fonte: Jornal Midiamax