Fatos intrigantes ligados ao desaparecimento e à morte da adolescente Luana Gonçalves, 15, começaram a ser investigados pela polícia da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Residente no distrito de Sanga Puitã, no município de Ponta Porã, Luana desapareceu entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado e ontem foi encontrada morta em uma vala nos fundos do shopping Planet Outlet, em Pedro Juan Caballero.
Segundo informações já coletadas pelos investigadores, a adolescente foi vista conversando com um policial paraguaio antes do desaparecimento. O horário ainda é incerto. A Polícia Nacional ajuda nas investigações.
Também chama atenção o fato de uma das amigas de Luana ter ficado com o celular dela. Mesmo depois de a menina ter desaparecido, essa amiga teria se negado a devolver o aparelho para os familiares e usava o celular para conversar com a irmã de Luana, pedindo informações sobre as buscas.
“Sou uma sereia”
Outro fato intrigante que desperta a atenção na história contada pelos amigos de Luana é que ela teria descido do carro quando voltava para casa e saído correndo. Chovia forte naquela noite na fronteira. “Eu sou uma sereia, preciso ir atrás do meu sereio”, teria dito a adolescente ao descer do carro.
Conforme o boletim de ocorrência registrado por duas irmãs de Luana para comunicar o desaparecimento, na sexta-feira, a adolescente saiu e casa para ir a um bar badalado no centro de Ponta Porã. Depois disso, não deu notícias para a família.
Como ela não voltou para casa, as irmãs entraram em contato com a amiga que acompanhava Luana naquela noite. Ela contou que a adolescente e os demais amigos estavam em um carro e, próximo ao Trevo da Cuia, na saída de Ponta Porã para Dourados, Luana teria tentado pular a janela do veículo, dizendo “eu sou uma sereia, preciso ir atrás do meu sereio”.
A amiga contou às irmãs de Luana que a menina conseguiu descer do carro e teria desaparecido no meio da chuva forte. Fotos postadas em redes sociais e no status do aplicativo WhatsApp mostram que Luana consumiu bebida alcoólica enquanto estava no bar, mesmo sendo menor de 18 anos.
Ainda segundo o registro policial, foi essa amiga que estava com o celular de Luana e mesmo três dias após o desaparecimento se negava a devolver o aparelho. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.
Fonte: Campo Grande News