Você já deve ter conhecido ou ouvido falar de algum cãozinho que acabou morrendo por causa da Leishmaniose. A doença, popularmente conhecida como calazar, é um dos principais motivos para o sacrifício de cães em todo país e além de atingir os pets, a Leishmaniose também pode representar perigo para os humanos.
Durante o mês de agosto é realizada a Campanha Agosto Verde, que alerta sobre os cuidados, transmissão e consequências da doença para saúde de animais e humanos. A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença infecciosa e o seu contágio ocorre pela inoculação do protozoário Leishmania infantum chagasi, através da picada de um inseto conhecido como mosquito-palha ou birigui. O mosquito é da família das moscas, mas é pequeno como uma pulga.
Depois de picado pelo mosquito, o cãozinho se torna um reservatório do protozoário Leishmania. Se um mosquito picar o cachorro novamente e depois um humano, a doença poderá ser transmitida também para o homem. O protozoário causador da doença parasita as células de defesa do organismo causando uma série de problemas e levando a alterações de órgãos vitais.
É comum que os cães infectados não apresentem nenhum sintoma. Quando se manifesta, os sintomas mais frequentes no animal são: apatia (desânimo, fraqueza, sonolência); perda de apetite; emagrecimento progressivo; feridas na pele, no focinho, orelhas, articulações e cauda que demoram a cicatrizar; descamação e perda de pelos; crescimento exagerado das unhas; problemas oculares; diarreia com sangue e paresia dos membros posteriores. A detecção da doença é feita por exame.
Mitos sobre a Leishmaniose Visceral Canina:
1 – Existe cura parasitológica nos cães (MITO) – Lamentavelmente, até o momento não há comprovação de cura parasitológica para essa doença. O que as medicações de hoje podem fazer é diminuir o número de parasitas que circulam no organismo e, assim, amenizar as manifestações clínicas, melhorando a qualidade de vida dos cães. O tratamento será para o resto da vida do animal, sempre com acompanhamento do médico veterinário. O uso de produto repelente é essencial em um cão positivo, mesmo tratado ou em tratamento.
2 – O cão pode transmitir a Leishmaniose diretamente para o humano (MITO) – Não é a convivência entre o cão e o tutor que é responsável pela transmissão da doença, mas sim a picada do mosquito palha infectado. Tanto o cão como o humano só são infectados por meio da picada do mosquito palha.
3 – Só quem vive em regiões endêmicas deve se preocupar com a doença (MITO) – A transmissão da Leishmaniose Visceral Canina já foi confirmada em 25 das 27 unidades federativas do Brasil. Não estar em uma região endêmica não significa que não existe o risco, ainda mais hoje em dia que viajar com o cão é muito comum. Portanto, a prevenção é sempre indicada.
Caso note algum sintoma em seu animal, procure um veterinário.