Alcinópolis decretou situação de emergência na saúde pública, como forma de ampliar o combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti, na segunda-feira (14). O município é o segundo que publicou decreto semelhante, neste ano, em Mato Grosso do Sul – no início de fevereiro, Bodoquena já havia anunciado tal determinação.
O texto ressalta que donos de terrenos devem manter limpas as áreas, já que o inseto se desenvolve em água parada, que se acumula em recipientes. “Ações de limpeza em locais públicos e particulares são vitais para o combate à doença, o que reduzirá significativamente a possibilidade de surto epidêmico da dengue no município, bem como o número de pessoas infectadas pelo agente transmissor da doença,”
O decreto reforça que a medida é tomada antes que os casos cresçam mais e que a participação da comunidade é essencial. Contratos de compras e obras, desde que tenham relação com a prevenção da doença, ficarão dispensados de licitação por 180 dias.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, neste ano, 86 dos 233 casos notificados foram confirmados por equipes epidemiológicas em Alcinópolis.
O decreto considera a epidemia de dengue e outras doenças causadas pelo mesmo vetor, tais como chikungunya e zika, em todo o País.
Batayporã possui a maior incidência de casos confirmados de dengue no Estado – a cada 100 mil habitantes, foram registrados 2.282,1 casos. Bonito (1.568,3) aparece na sequência, seguido por Alcinópolis (1.532,2), Caracol (1.164,7) e Bela Vista (1.164,3). Bodoquena possui a nona maior taxa estadual, com 548,6 casos a cada 100 mil moradores.
Ainda segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados em boletim epidemiológico de 8 de março, mais de 10,1 mil casos prováveis foram computados no ano, sendo que 4,5 mil foram confirmados. Até o momento, a dengue provocou cinco mortes no Estado.
Bodoquena
Em 7 de fevereiro, a Prefeitura de Bodoquena determinou situação de emergência em saúde pública para combater a dengue, por meio do decreto 17/2023. A publicação definiu medidas a serem tomadas para controle e combate da doença, no prazo de 60 dias, bem como estipulou multa a proprietários de terrenos e quintais com muita vegetação sem manutenção.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS
