Após morte de onça-pintada a tiros, Polícia Federal faz operação contra caça ilegal

Foto: Onça-pintada foi encontrada morta a tiros no dia 4 de julho - Foto: Divulgação
A Polícia Federal deflagrou cumpriu mandados de busca e apreensão em Corumbá, em operação desencadeada contra a caça ilegal, especialmente de onças.

Os mandados foram cumpridos nessa segunda-feira (18).

Conforme a Polícia Federal, investigações começaram quando uma onça-pintada foi encontrada morte com ferimentos provocados por arma de fogo, no dia 4 de julho, no Rio Paraguai, em Ladário.

Durante a operação, denominada Canguçu, não houve prisões, apenas mandados de busca e apreensão.

Os materiais recolhidos passarão por perícia para que seja individualizada a autoria do crime ocorrido.

O nome da operação faz referência ao termo em Tupi-Guarani “akangu’su”, designação da ‘onça-pintada’, formado de a’kanga ‘cabeça’ e a’su ou u’su ‘grande’.

Onça-pintada morta

Aonça foi encontrada morta às margens do Rio Paraguai na segunda-feira (4) no município de Ladário.

O animal tinha marca de um ferimento à tiro na cabeça, indicando que foi morta por ação humana.

Na ocasião, o tenente-coronel da Polícia Militar Ambiental (PMA), Ednilson Queiroz, disse que caso o suspeito seja identificado e condenado, ele pode pegar entre seis meses e 1 ano e meio de prisão, além de pagar uma multa de R$ 5 mil, pela espécie estar em extinção.

“Nós trabalhamos na prevenção de casos como esse. Dada a região da morte, o animal pode ter sido morto por uma pessoa local, assim como indivíduos da Bolívia, região próxima de Ladário”, pontuou Queiroz.

O tenente-coronel disse ainda que em casos de caça ilegal é difícil encontrar o autor.

“Nestes casos, encontrar um culpado é muito difícil. Exige prova testemunhal, ou mesmo a localização do projétil balístico. Acredito que a onça esteja nestas condições entre cinco e sete dias, sendo identificada hoje”, concluiu Queiroz.

No primeiro semestre do ano, foram registrados 114 crimes contra a vida animal da fauna sul-mato-grossense.

 

Fonte: Correio do Estado

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