Após sofrer acidente de carro, menina de 11 anos descobre câncer: ‘meu sonho é ter uma peruca’

Foto: Luana antes e depois da descoberta do câncer. — Foto: ArquivoPessoal

Desde a infância Luana Oliveira Machado, de 11 anos, sentia dores no joelho. Porém, somente após um acidente de trânsito, em março deste ano, é que foi descoberto um câncer na perna. A partir de então, a doença atingiu metástase, alcançando o pulmão da criança. Estudando em casa e usando cadeira de rodas para se locomover, Luana sabe bem o que quer ganhar de aniversário.

“O meu sonho é ter uma peruca. Eu gostava muito do meu cabelo. Meu sonho era que ele fosse bem grandão para eu poder cuidar dele”, conta.

A mãe da criança, Luzinete Santos de Oliveira, de 48 anos, relata que os cabelos da filha começaram a cair na segunda sessão de quimioterapia. “A cada 15 dias ela está fazendo quimioterapia. São 18 sessões, ela fez três. Faltam 15 ainda”, diz.

Segundo ela, Luana cresceu com dores na perna esquerda. “Ela tinha dor no osso, eles pediam exames, a gente fazia e os médicos falavam que era crescimento. Eu nunca suspeitei que fosse uma doença grave”, comenta.

Tudo mudou em março deste ano quando a família, que reside em Bandeirantes (MS), sofreu um acidente de carro. “Nós sofremos um acidente no dia 10 de março e nesse acidente ela quebrou a perna, assim descobriram que ela tinha um câncer na mesma perna”, lembra.

“Já faziam meses que ela não conseguia frequentar a escola, sentindo falta de ar, vômito, muita dor no estômago”, conta a mãe.

A mulher acompanha diariamente as batalhas da filha. “Ela fica triste por causa do cabelo, porque ela ia pentear e ficava saindo os cabelos, a gente notava uma tristeza nela. O sonho dela era crescer para ir para o salão fazer o cabelo. Ela usa o turbante, mas não é a mesma coisa”, diz.

Luana vai completar 12 anos no dia 23 de setembro. Atualmente, ela usa cadeira de rodas para se locomover e já não frequenta presencialmente a escola. “Trazem as atividades para casa. Está no sexto ano. Ela ia para a escola, se enturmava com as crianças, brincava, ela sente muita falta de andar, de poder ir para a escola”, comenta Luzinete.

Fonte: G1 MS

Notícias semelhantes