Após superar estiagem, produção de milho 2ª safra cresce 42,9% em MS neste ano

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola referente ao mês de junho de 2025, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (10), indica que a produção de milho 2ª safra em Mato Grosso do Sul cresceu 42,9% em 2025. O desempenho fica comparado ao mesmo período do ano passado, quando o Estado enfrentou uma das piores secas dos últimos anos e teve sua produção de milho comprometida.

O boletim aponta que Mato Grosso do Sul ocupa o 4° lugar como maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, pois estima uma produção de 11,1 milhões de toneladas em junho. Contudo, a expectativa está prevista já que o clima foi favorável, diante das chuvas de abril, garantindo umidade no campo para o crescimento dos grãos.

Contudo, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,5%, seguido pelo Paraná (13,6%), Goiás (11,6%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,5% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,0%), Sul (25,4%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,4%) e Norte (6,3%).

Cana-de-açúcar

Quanto a produção de cana-de-açúcar em junho, o Estado alcança mais de 52,4 milhões de toneladas na 2ª safra. O cenário é de recuperação após impacto dos incêndios de 2024. O último levantamento sobre a cultura elaborado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontava que comportamento climatológico no centro-sul de MS ficou caracterizado por chuvas abaixo da média. Portanto, houve distribuição desuniforme e ocorrência de fortes e duradouras ondas de calor.

Logo, esse cenário impactou significativamente a produtividade da safra 2024/25. Sendo assim, o regime de chuvas na região norte, desde novembro de 2024, comportou-se de forma favorável. Sendo de recuperação em canaviais que sofreram com a estiagem no começo do ciclo.

Safra de soja

A estimativa de junho para a soja foi de 165,1 milhões de toneladas no Brasil. Quanto ao milho, a estimativa foi de 131,4 milhões de toneladas (26,0 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 105,4 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,3 milhões de toneladas; a do trigo em 8,0 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,3 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,3 milhões de toneladas.

Assim, a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as regiões Centro-Oeste (17,5%), Sul (8,2%), Sudeste (14,7%), Nordeste (9,2%) e Norte (15,2%). Quanto à variação mensal, apresentaram crescimento o Norte (0,6%), o Nordeste (0,4%) e o Sul (0,5%), enquanto o Sudeste (0,0%) e o Centro-Oeste (0,0%) mantiveram as estimativas do mês anterior.

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Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Divulgação, IBGE)

Cereais de inverno

O IBGE informa que os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. Com relação ao trigo (em grão), a produção deve alcançar 8,0 milhões de toneladas, declínio de 0,6% em relação ao mês anterior e crescimento de 5,9% em relação a 2024.

A Região Sul deve responder por 86,2% da produção tritícola nacional em 2025. No Rio Grande do Sul, principal produtor do país, com 47,9% do total nacional, a produção deve alcançar 3,8 milhões de toneladas, 3,2% maior do que o volume produzido em 2024.

A área plantada e a área a ser colhida devem cair 7,6%, enquanto o rendimento médio apresenta crescimento de 11,7%. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro de trigo, com participação de 33,6% no total, a produção foi estimada em 2,7 milhões de toneladas, declínio de 1,8% em relação ao mês anterior e crescimento de 13,5% em relação ao volume produzido em 2024, quando a produção foi severamente afetada por problemas climáticos.

 

Fonte: Jornal MIdiamax

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