Aumento de casos de pacientes com sintomas gripais provocam lotação em Hospital e Unidades de Saúde

Foto: Hospital municipal de São Gabriel do Oeste

O aumento no número de casos de pessoas com sintomas gripais está causando uma superlotação no Hospital Municipal de São Gabriel do Oeste e nas Unidades de Saúde. De acordo com a presidente da Funsaúde, Michele Pauperio, mais de 750 pessoas já foram atendidas na unidade hospitalar desde o dia primeiro de janeiro.

Em meio ao surto de gripe que, junto com a pandemia de Covid-19, atinge o país, o município registra hoje sete casos confirmados de Covid-19 e sete de Influenza. No Hospital José Valdir Antunes de Oliveira, o número de atendimentos de pessoas com síndrome respiratória subiu 31% nas últimas semanas e tem causado uma sobrecarga no sistema municipal de saúde, aumentando o tempo de espera na recepção do Hospital e das Unidades.

A presidente, solicitou que a população só procure a unidade hospitalar caso apresente sintomas mais graves de gripe, como febre alta persistente. “Em casos de sintomas leves, a entrada é a unidade de saúde mais próxima da casa do cidadão”, informou Michele. Ela ainda relatou que reforçou a equipe clínica do Hospital e que, mesmo com a demora devido a grande demanda, os pacientes estão sendo atendidos. “Hoje o tempo de espera dentro do HM é de até 4 horas”, disse.

Michele apontou, que além dos sintomáticos respiratórios, o Municipal continua a atender os casos de urgência e emergência de outras doenças, além de pessoas acidentadas, o que ocasiona também um aumento no tempo de espera por atendimento.

Nas unidades de saúde, a demora não tem sido diferente; pois a média de procura por atendimento é de cerca de 200 pessoas por posto. A coordenadora das unidades, Thaís Marocco, também alertou a população para que busque os serviços de saúde apenas se apresentar um quadro generalizado de sintomas como febre, tosse, dores no corpo, vômito e diarreia. “Aos que apresentarem apenas coriza e sintomas leve de um resfriado, pedimos que façam repouso, tomem bastante líquido, fiquem em casa e nos auxiliem a evitar a superlotação nas unidades também”, reforçou.

“Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, muitos acabam relaxando nos cuidados básicos com o uso de máscaras de proteção e do álcool gel, dando espaço para o vírus da Influenza”, alertou Thaís. Ela ainda relembrou a população que os cuidados contra a H1N1, H3N2 e outras variantes são os mesmos relativos à prevenção a Covid, como manter a higiene das mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal; evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados) e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.

A Influenza

A doença é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias. O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de 2 dias, variando entre um e quatro dias. Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática, até formas graves.

A doença tem início, em geral, com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral de três a cinco dias após o desaparecimento da febre. Alguns casos apresentam complicações graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar, quadro que também pode ser desenvolvido com a Covid-19, além de outras viroses respiratórias.

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