Foi publicado no Diário Oficial do Estado, desta quarta-feira (17), como será a aplicação do Saems (Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul) em 2025. Assinado pela SED (Secretaria Estadual de Educação), o documento define as regras, o público-alvo e os procedimentos da prova, que tem como objetivo diagnosticar a aprendizagem dos estudantes.
A avaliação será aplicada para alunos do 2º e 5º ano do ensino fundamental das redes públicas, incluindo escolas estaduais e municipais que aderirem ao sistema. Também farão a prova estudantes do 9º ano do fundamental e das três séries do ensino médio da Rede Estadual de Ensino. O processo será presencial e censitário, ou seja, todos os alunos das turmas avaliadas deverão participar.
De acordo com a SED, a avaliação do 5º ano tem caráter de acompanhamento, já que a maioria dos alunos foi testada em 2024, no 4º ano. A proposta é alinhar o diagnóstico estadual com o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), aplicado em nível nacional.
A participação dos municípios é voluntária e depende da adesão formal. As prefeituras interessadas deverão assinar digitalmente um termo de adesão que confirma o compromisso com as regras e prazos do sistema. No caso dos alunos do 2º ano, a participação está vinculada à inclusão do município no programa MS Alfabetiza – Todos pela Alfabetização da Criança.
O Saems terá testes de Língua Portuguesa, com foco em leitura e escrita no 2º ano e em produção de texto nos demais anos, e de Matemática. As provas serão elaboradas a partir do Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul e da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Além das provas de proficiência, haverá questionários para estudantes, professores e diretores, levantando informações sobre clima escolar, infraestrutura e práticas pedagógicas.
A aplicação está prevista para novembro de 2025, logo após o Saeb. Os resultados preliminares devem ser divulgados em fevereiro de 2026, com possibilidade de recursos, e os finais, em março do mesmo ano. Para que os dados sejam validados, cada escola deve ter no mínimo dez alunos presentes no dia da aplicação e garantir 80% de participação das turmas avaliadas.
O documento também prevê a criação de uma comissão interna de acompanhamento, formada por representantes da SED e da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação). O grupo será responsável por monitorar o cronograma, analisar recursos e resolver casos omissos.
As escolas deverão garantir recursos de acessibilidade para alunos da educação especial, como apoio humano, materiais ou tecnologias assistivas, assegurando a participação de todos.
Matéria: Campo Grande News
