Brasil e Paraguai: fronteira vive dois fusos com a chegada do horário de verão no país vizinho

Diferente do Brasil, que está desde 2019 sem horário de verão, o Paraguai passou pela mudança no relógio neste domingo (1º). Na região de fronteira entre os países, moradores devem ajustar os horários e conviver com dois relógios diferentes.

Os paraguaios adiantaram os relógios em uma hora. Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, é dividida com Pedro Juan Caballero, no Paraguai, por apenas uma rua. Moradores transitam normalmente pelas duas cidades. Porém, os comércios, universidades e repartições públicas seguem os horários de cada país.

Os moradores da região devem ter, por quase seis meses, uma diferença de uma hora no fuso horário entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai).

A população está acostumada, tem estratégias para não se confundir, mas se não prestar atenção se complica.

Marco na linha internacional, entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai — Foto: Martim Andrada/TV Morena
Marco na linha internacional, entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai — Foto: Martim Andrada/TV Morena

A Universidad Sudamericana de Pedro Juan Caballero, por exemplo, tem vários estudantes brasileiros. Rosana Silva do Carmo conta como foi o primeiro dia de aula no horário de verão. “Horrível, acordando 5 da manhã pra chegar aqui. Estou com sono ainda. Deu certo, mas fiquei confusa com o horário.”

“Dois celulares pra despertar, pra não perder o horário. Foi difícil, mas estou aqui, meio com sono, mas estou aqui”, relata o estudante Gustavo Silva.

Na casa de uma família brasileira que parte estuda no Paraguai e parte estuda no Brasil, todo mundo teve que cair da cama mais cedo pra não se atrapalhar.

“A rotina é nos dois países, porque tenho uma filha que estuda no Paraguai e filhos que estudam no Brasil. Pode complicar porque a mente tem que estar programada. A gente tem que estar totalmente atento, porque senão passa batido compromisso”, afirma o empresário Antônio Vilar.

Fonte: G1 MS

Notícias semelhantes