Conforme o último levantamento da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos de 2022, divulgado nesta segunda-feira (9) mostrou que Campo Grande ocupou a terceira posição entre as capitais, com a cesta básica mais cara do ano, com acumulado de 16,03%.
Em relação às altas mais expressivas do ano, ficou atrás apenas de Goiânia (17,98%) e Brasília (17,25%).
Os resultados de dezembro mostram que em comparação a novembro, a alta da cesta básica na Capital foi de 0,77%, custando R$744,21. A pesquisa é realizada mensalmente em 17 capitais, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Em comparação a novembro, alguns alimentos tiveram retração mais expressiva, como a banana (-7,30%), batata (-2,16%), manteiga (-1,82%), café em pó (-1,76%) e pão francês (-0,31%).
O preço do leite integral teve redução em todas as capitais entre novembro e dezembro de 2022. As taxas oscilaram entre -8,14%, em Aracaju, e -1,02%, em Campo Grande. Segundo a pesquisa, a maior oferta de leite no campo e os altos preços dos laticínios reduziram os valores praticados nas cidades analisadas.
O destaque com aumento mais expressivo foi o tomate (24,54%), seguido por feijão carioquinha (4,48%), farinha de trigo (2,20%), arroz agulhinha (1,16%), açúcar cristal (0,26%) e óleo de soja (0,22%).
Conforme a pesquisa divulgada, “houve queda na oferta global de trigo, também resultado do confronto entre Rússia e Ucrânia, o que reduziu a exportação do grão pelo Mar Negro. O clima também foi desfavorável à produção em diversos países. E, com a demanda firme pelo trigo, os preços aumentaram, o que repercutiu nos derivados vendidos nas capitais do Brasil”.
A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica em Campo Grande no mês de dezembro foi de 135 horas e 05 minutos.
O levantamento também calcula o valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas, e em dezembro, esse quantitativo atingiu R$2.232,63. Para a aquisição de uma cesta básica fica comprometido 66,38% do salário mínimo líquido.
Fonte: Correio do Estado