Cautela nas compras: índice de consumo das famílias aponta segunda queda consecutiva em MS

O Índice de Consumo das Famílias, publicado mensalmente pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), registrou 101,8 pontos em março de 2025. Embora o índice ainda permaneça na zona de otimismo, esta é a segunda queda consecutiva, evidenciando uma tendência. Além disso, na comparação anual, o ICF sofreu uma redução de 9 pontos percentuais, sinalizando um enfraquecimento na confiança do consumidor.

A pesquisa revela que 57,2% dos entrevistados mantêm a expectativa de melhora nas condições profissionais nos próximos seis meses. No entanto, somente 32,7% afirmam que a renda familiar atual está melhor em comparação a 2024.

Regiane Dede de Oliveira, economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, destaca que “os resultados mostram que a população se mostra cautelosa com seus gastos”. Essa cautela é refletida na forma como as famílias estão administrando seus orçamentos e na escolha de investimentos em bens duráveis.

A pesquisa aponta que as famílias estão, portanto, se tornando mais seletivas em suas compras, priorizando necessidades essenciais e adiando aquisições de itens duráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos. Como o ICF é um indicador que antecipa tendências de consumo, sua queda pode sinalizar um desafio para a economia de Mato Grosso do Sul.

O ICF é um indicador crucial para medir a sensação dos consumidores sobre a vida cotidiana, que inclui a capacidade de consumo, a segurança no emprego e a qualidade de vida. Diferentemente de modelos econométricos, a pesquisa fornece uma visão direta a partir do ponto de vista dos consumidores, tornando-a uma ferramenta valiosa não apenas para o entendimento do comportamento do consumidor, mas também para a formulação de políticas econômicas e estratégias de mercado.

 

Fonte: Jornal Midiamax

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