Mato Grosso do Sul está fora da rota do ciclone extratropical que atingiu o Sul do Brasil e segue para o litoral de São Paulo. Porém, o fenômeno climático já causou tempestades no sul do Estado e, agora, leva instabilidades para a região norte de MS.
Estas informações foram confirmadas pelo meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) Danilo Siden. “A previsão era essa mesmo: o ciclone se deslocando da região Sul para o litoral da região Sudeste. O que ocorre em Mato Grosso Sul é o avanço da frente fria, que é associada a esse ciclone”, explica em entrevista ao Jornal Midiamax. O fenômeno também influencia em instabilidades nos estados de Mato Grosso e Goiás.
Meteorologista local, Natálio Abrahão reforçou as informações. “Não tem chance nenhuma de chegar aqui. Aliás, hoje [sábado (8)] aqui não terá muita coisa e o sol aparecerá. Está se dirigindo ao oceano”, afirmou à reportagem. Danilo Siden também minimiza a possibilidade de tempestades em Campo Grande. “Por enquanto, não tem previsão de que isso traga chuvas intensas para a capital de Mato Grosso do Sul”, informa.
Ciclone extratropical
A formação do ciclone extratropical ocorreu na região Sul do Brasil, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na manhã deste sábado, ele passa pelo litoral de São Paulo em direção ao oceano. Em Mato Grosso do Sul, a frente fria avançou durante a madrugada, o que pode provocar tempestades em parte do Estado, segundo o Inmet. No entanto, as consequências da frente fria são menores do que as da passagem do ciclone em si.
“Tem previsão de tempestades para o sul de Goiás e sul de Mato Grosso. Em Mato Grosso Sul, não. Só no extremo norte que pode ter uma chuva forte”, esclarece Danilo Siden. No momento, esta região do Centro-Oeste é a área de influência do fenômeno climático, mas não é a posição específica dele.
O tornado, que destruiu 90% da cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, matando seis pessoas e deixando mais de 400 feridos, é relacionado ao ciclone extratropical.
“Ele se forma dentro de uma nuvem de tempestade, que é provocada pelo avanço da frente fria associada ao ciclone”, explica Danilo Siden.
Satélite mostra movimentação
Imagens de satélite mostram a movimentação do ciclone em direção ao oceano. É possível ver que as massas de ar se movimentam sobre o Sudeste do Brasil em direção ao oceano. No Centro-Oeste, há uma formação de instabilidade no extremo norte de Mato Grosso do Sul e no sul dos estados de Goiás e Mato Grosso.
Defesa Civil segue em alerta
Em nota enviada à reportagem, a Defesa Civil informou que acompanha, em tempo real, os dados dos institutos nacionais de meteorologia sobre a atuação do ciclone extratropical, que pode influenciar as condições climáticas em Campo Grande.
“Independente do evento, vamos obedecer ao alerta do Inmet e aguardar até que venha uma resposta conclusiva. Não é para causar alarde, mas manter a população orientada de tal maneira que, se acontecer qualquer alteração, estamos aptos a dar resposta no atendimento dos chamados”, afirma o coordenador da Defesa Civil municipal, Enéas José de Carvalho Netto.
Fonte: Jornal Midiamax




















