Dados divulgados nesta quinta-feira, 20, pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul mostram que em 2022 Mato Grosso do Sul fechou com uma produção com 3,023 milhões animais, aumento de 55% em relação a 2017 quando havia abatido 1,950 milhão de cabeças. A produção de carne suína sul-mato-grossense também apresentou bons números, saindo de 148 mil toneladas em 2017 para 240 mil no ano passado, um crescimento de 62%.
A evolução da suinocultura é o resultado de maior qualificação dos produtores e benefícios que ajudam na implantação de novas tecnologias. O Estado tem a sexta maior produção do país, com mais de 100 mil matrizes suínas, com previsão de crescer 49% em três anos.
Crédito e incentivo
O acesso ao crédito rural, um dos principais financiamentos à disposição dos produtores, cresceu em Mato Grosso do Sul. Segundo o Banco Central, até 2018 o valor era pouco mais que R$ 661 mil, e em 2022 superou R$ 107,09 milhões.
Segundo a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Inovação), a suinocultura sul-mato-grossense já buscou neste ano R$ 107 milhões em recursos do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). A demanda cresceu tanto que este ano houve o remanejamento de R$ 100 milhões do FCO Empresarial para o FCO Rural para atender à demanda de atividades consideradas prioritárias no exercício de 2023 em MS, como a implantação de sistema de irrigação, avicultura e suinocultura.
Outro estímulo financeiro oferecido é o Leitão Vida, programa do governo do estado que visa a expandir a suinocultura de forma moderna, competitiva e com capacidade para atender aos mercados mais exigentes. Em 2022, foram pagos R$ 50,5 milhões em incentivos, beneficiando 246 granjas, com 2,1 milhões de suínos abatidos.
“Os investimentos na atividade destinam-se às cooperativas e agroindústrias com objetivo de instalar novas unidades de produção de leitões, implantar a central de produção de sêmen com capacidade de atender até 120 mil matrizes suínas/ano e ampliar a capacidade de produção das plantas frigoríficas. Esses investimentos estimulam a agregação de valor à produção local e contribuem para a diversificação da economia sul-mato-grossense”, destaca Eliamar Oliveira, consultora de economia do Departamento Técnico da Famasul.
Com o aumento da eficiência nas granjas, a carne suína de Mato Grosso do Sul atende ao consumo interno e já é reconhecida como um produto de excelência fora do país. Entre janeiro e junho de 2023, o estado comercializou US$ 22,45 milhões e 9,81 mil toneladas de carne suína para 17 países. Os principais destinos são Hong Kong, Singapura, Uruguai e os Emirados Árabes Unidos.
FONTE: CAMPO GRANDE NEWS