Além do comandante do 5º BPM, outros seis oficiais são acusados de ligação com a máfia que comanda o contrabando na fronteira
O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, major Luiz César de Souza Herculano, é um dos sete alvos da operação Avalanche desencadeada nesta sexta-feira (15) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Essa é a terceira fase da operação Oiketikus, que investiga o contrabando de cigarro paraguaio.
Além do comandante do 5º BPM, outros seis oficiais são acusados de ligação com a máfia que comanda o contrabando na fronteira. São eles: tenente-coronel Carlos Silva, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, tenente-coronel Erivaldo José Duarte Alves, tenente-coronel Souza Lima, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo e coronel Kleber Haddad Lane.
Integrantes do Gaego se dividiram entre várias cidades do Estado para cumprir mandados de prisões, buscas e apreensões. O Edição MS levantou que o major Cesar, que comanda toda a Polícia Militar da região norte de Mato Grosso do Sul, está com uma das equipes do grupo que combate o crime organizado.
Nossa reportagem entrou em contato com o setor de Relações Públicas e foi informada que o 5º BPM deve se manifestar no final da tarde, por meio de uma nota de imprensa. Outra fonte da Polícia Militar, acredita que qualquer manifestação por parte do major César só deva acontecer depois que ele tiver conhecimento do inteiro teor da denúncia.
Máfia dos cigarreiros
As investigações tiveram início em abril de 2017 e apontam que os cigarreiros agem associados à policiais militares do Estado desde 2015, que dão suporte ao contrabando mediante pagamento sistemático de propina. Na primeira fase da operação Oiketikus, em 2018, o Gaeco prendeu 29 policiais, que foram denunciados por diversos crimes.