A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) finalizou o mapeamento das áreas cultivadas com algodão no Mato Grosso do Sul, para a safra 2021/2022.
Ao todo, a área plantada chegará a 25,9 mil hectares, com uma produção estimada em 49 mil toneladas de pluma.
Todo o trabalho foi feito por meio de georreferenciamento, com a identificação das áreas onde há a produção de fibras, o que aumenta a qualidade dos dados divulgados nos estudos de levantamento de safra.
O trabalho foi feito pela equipe técnica da Superintendência Regional da Conab no Estado.
Apesar de a produção crescer anualmente, o total de 49 mil toneladas de pluma ainda está bem longe dos maiores produtores de algodão do Brasil: Mato Grosso, com 1,89 milhão de toneladas, seguido pela Bahia, com 563 mil toneladas.
Em Mato Grosso do Sul, os municípios com plantio de algodão são: Alcinópolis, Aral Moreira, Bandeirantes, Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica, Maracaju, Nova Andradina e Paraíso das Águas.
O último levantamento para a próxima safra de algodão – no caso, a de 2022/2023 – será executado em outubro, pela Conab.
Para a realização do mapeamento, os dados são coletados “in loco”junto a fontes colaboradoras públicas e privadas que atuam no setor.
As imagens das áreas produtivas foram obtidas por meio de satélites, entre abril e agosto deste ano.
O trabalho foi executado durante a realização de entrevistas junto aos agentes produtivos, o que permitiu a otimização do processo e a geração de informações com maior transparência e segurança.
De olho neste mercado, o engenheiro agrônomo Alexandre Monteiro Chequim criou uma ferramenta – em forma de plataforma on-line – para auxiliar o planejamento e execução da safra.
A plataforma – conhecida como Digifarmz – já foi amplamente utilizada para os plantios de soja e trigo, mas já tem avançado em culturas como milho e algodão.
Trata-se de uma Agtech – uma startup, ou empresa de novas tecnologias do agronegócio, que pode ser acessada pelo celular, tablet ou computador.
Lá, o produtor encontra uma série de informações sobre clima, genética, previsões meteorológicas.
“É uma plataforma que ajuda a tomar as melhores decisões para evitar danos. Gera perfis e em muitos casos fez a plantação aumentar de 3 a 18 sacas por hectare”, detalhou Chequim.
Fonte: Correio do Estado