Deputados aprovam proibição da pesca do Dourado por mais um ano

Durante sessão ordinária nesta quarta-feira (28), os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovaram o texto de proibição da pesca do Dourado por mais um ano, após redução do prazo inicialmente previsto para durar pelo menos mais cinco anos.

Agora, a proposta aprovada em primeira discussão irá para uma segunda votação em plenário, marcada para a próxima sessão. Rodando na Casa como Projeto de Lei 364/2023, esse texto proíbe captura; transporte; embarque; a venda; processamento e industrialização dessa espécie de peixe.

Pela redação, que estende agora a proibição até 31 de março de 2025, ficam ressalvadas a modalidade “pesque e solte”, assim como o consumo dos pescadores profissionais e ribeirinhos, confirma material publicado pela Agência ALEMS.

Importante frisar que, inicialmente, o texto chegou à casa estendendo essa proibição até o dia 10 de janeiro do ano de 2029. A vedação original foi publicada em 11 de janeiro de 2019 e previa um prazo de cinco anos.

Ainda, a Casa de Leis ressalta que essa proposta havia sido aprovada em discussão na última semana, porém, por ganhar uma emenda modificativa, foi analisada novamente na manhã de hoje (28) pela reunião semanal da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

Segundo calendarização do termo de acordo de líderes, para essa amanhã (29) ficam marcadas a apresentação de relatórios e pareceres das Comissões de Mérito, seguida posteriormente pela segunda discussão e votação em plenário.

Dourado e a pesca

Tido como um dos “reis dos rios” brasileiros, o Dourado é uma espécie extremamente valorizada, com a força reconhecida pelos amantes da pesca esportiva.

Assinada pelo então Governador Reinaldo Azambuja, a lei que traz a proibição de sua pesca previa multa de até 1000 Unidades Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms).

Justamente a reação de pescadores, que alegam a existência de “excesso de Dourado” nos rios sul-mato-grossenses, e que a espécie seria predadora de demais peixes, pressionou a decisão parlamentar para que a proibição durasse somente até 2025.

Também, eles cobram por parte da Embrapa Pantanal e demais autoridades estaduais, que estudos analisem essa suposta superpopulação.

Vale lembrar que a proibição inicial surgiu do panorama oposto, já que na época os empresários do turismo da pesca alegavam escassez de Dourado, que geravam prejuízo e reduziam o volume da clientela.

Importante frisar que o período de defeso, conhecido como Piracema, termina hoje (28), ou seja, já nesta quinta-feira (29) a pesca volta a ser permitida nos rios sul-mato-grossenses.

 

Fonte: Correio do Estado

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