Disputa pela presidência da Assembleia Legislativa continua acirrada em MS

Foto: Mais votada nas últimas eleições, deputada Mara Caseiro quer se manter na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de MS - Arquivo

A menos de um mês para a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), marcada para o dia 1º de fevereiro, a disputa pela presidência e a primeira-secretaria da Casa de Leis segue acirrada.

No caso do primeiro cargo, a contenda está entre os deputados estaduais Mara Caseiro (PSDB) e Gerson Claro (PP), enquanto no segundo a “briga” é entre Paulo Corrêa (PSDB) e Jamilson Name (PSDB) – os quatro não abrem mão do confronto.

Segundo apuração da reportagem do Correio do Estado, no dia 20, as partes interessadas devem se reunir com os demais parlamentares para fechar uma chapa de consenso para os dois cargos mais importantes da Mesa Diretora da Alems.

No entanto, até lá, os quatro interessados estão longe de um entendimento, pois nenhum deles aceita recuar em benefício do outro, e as alegações para tanto são inúmeras, incluindo experiência e renovação.

Na avaliação da deputada estadual Mara Caseiro, é agora que o jogo vai começar para valer.

“Lógico que já conversei com alguns deputados, mas a partir desta semana começa a se afunilar a definição para a escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa. Gosto de reforçar a importância do diálogo e de uma boa conversa para a definição dos nomes”, afirmou à reportagem, não temendo o fato de o seu principal adversário ter o apoio do decano Londres Machado (PP) e da senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS).

“Me sinto muito preparada para assumir a presidência da Casa de Leis, pois já fui vereadora, presidente da Câmara Municipal e prefeita. Além disso, também já comandei a Fundação de Cultura e vou assumir o meu quarto mandato de deputada estadual”, reforçou a parlamentar, completando que seria muito representativo para a Alems que, após 45 anos de criação, a primeira mulher assumisse a presidência.

Concorrente de peso

Por outro lado, Gerson Claro reforçou ao Correio do Estado que continua conversando com os representantes de todos os partidos que farão parte da próxima legislatura.

“Já tenho uma boa articulação com PT, MDB e PL em relação aos espaços que vão ocupar na nova Mesa Diretora, caso eu seja eleito. Também já conversei com alguns deputados do PSDB, partido que reivindica a primeira-secretaria. Acredito que, depois do dia 20 de janeiro, devemos ter essa definição sobre a presidência e a primeira-secretaria, pois será uma data mais próxima da eleição”, afirmou.

O parlamentar conta com dois trunfos para ser o vitorioso nessa contenda: o apoio de Londres Machado, que estaria articulando apoio ao colega de partido dentro da Casa de Leis, e a mobilização de Tereza Cristina, que já se reuniu com o governador Eduardo Riedel (PSDB) para fechar consenso da eleição de Gerson Claro para a presidência da Alems.

“Sentamos com o Riedel para falar sobre a nossa escolha para a presidência da Assembleia Legislativa. Ter um partido dialogando com consenso mostra como o Progressistas está forte e unido para trabalhar por Mato Grosso do Sul”, declarou a senadora no fim do ano passado.

Tereza Cristina revelou a Riedel que o PP tinha fechado consenso em torno do nome do deputado estadual Gerson Claro para disputar a presidência da Casa de Leis e já tinha iniciado a busca por apoio dos outros partidos para que o nome dele fosse consenso também dentro da Alems.

Para Londres Machado, o consenso em torno do nome de Gerson Claro demonstra a forte união do partido ao reivindicar a presidência da Casa. “Abro mão de disputar o posto de presidente do Legislativo estadual para que Gerson seja o nome a ser defendido pelo Progressistas”, disse.

Na mesma reunião, Eduardo Riedel disse que essa escolha passa pelos 24 deputados estaduais, mas sabe que o PP terá papel fundamental na condução da próxima presidência da Alems, além da grande contribuição que poderá dar ao novo governo.

O deputado estadual reeleito Coronel David (PL) ressaltou que Gerson Claro já tem consenso da maioria.

“Acho que não terá dificuldade de chegar em fevereiro com os votos necessários para ser o presidente da Assembleia Legislativa”, projetou.

Já o deputado estadual reeleito Pedro Kemp (PT) acrescentou que Gerson Claro só é consenso dentro do PP e que ainda precisa conquistar o apoio dos demais partidos. “Posso dizer que o PT tem simpatia pelo nome dele, mas ainda estamos conversando”, avisou.

Para o deputado estadual reeleito Rinaldo Modesto (Podemos), a condução de Gerson Claro à presidência da Alems está sendo pavimentada. “Acredito que ele terá o apoio da maioria dos 24 deputados estaduais e, desta forma, chegará ao consenso”, analisou.

Primeira-secretaria

No caso da primeira-secretaria da Alems, o único consenso é que o cargo ficará com um parlamentar do PSDB, pois tanto Paulo Corrêa quanto Jamilson Name não abrem mão da disputa.

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado garantem que nada mudou desde o fim da última legislatura até esta primeira semana de janeiro, ficando tudo para ser definido na aguardada reunião do dia 20.

Sobre a disputa pela primeira-secretaria da Casa de Leis, a deputada Mara Caseiro disse à reportagem que a concorrência continua acirrada entre os deputados estaduais Paulo Corrêa e Jamilson Name.

“Ainda está indefinida. Temos agora o mês de janeiro para dialogar e chegar a um entendimento, a um consenso para que os dois cargos principais tenham definido os seus ocupantes”, ressaltou.

Tanto a bancada do PT quanto a bancada do MDB ainda não definiram qual dos dois candidatos vão apoiar, cada uma delas conta com três deputados estaduais, entretanto, ambas as bancadas garantiram que a definição deve sair na reunião do dia 20 deste mês.

Os demais partidos também informaram que não definiram o preferido, deixando, dessa forma, a decisão para o PSDB, que conta com a maioria na Casa de Leis e só precisa agora definir o candidato em consenso, ou seja, se será Paulo Corrêa ou Jamilson Name.

 

Fonte: Correio do Estado

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