Dois casos são descartados e MS mantém 4 suspeitas de intoxicação por metanol

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) descartou dois casos suspeitos de intoxicação por metanol em Mato Grosso do Sul — um em Campo Grande e outro em Sidrolândia — conforme atualização divulgada nesta segunda-feira (6). Com isso, o Estado passa a ter quatro casos em investigação, localizados em Campo Grande, Ladário, Rio Brilhante e Caarapó.

A morte de um jovem de 21 anos, em Campo Grande, continua sendo tratada como óbito suspeito e segue em apuração pelas autoridades de saúde. Ainda não há confirmação laboratorial da presença de metanol nas amostras coletadas, que permanecem em análise no Lacen (Laboratório Central).

O boletim do CIEVS/MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) atualiza dados do surto nacional de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol, que já soma 195 notificações entre casos confirmados e suspeitos em todo o país. A maioria das ocorrências se concentra em São Paulo, onde o problema começou.

Desde o início da crise, o Ministério da Saúde determinou prioridade no fornecimento de antídotos e reforço nas operações de fiscalização em bares, conveniências e comércios que vendem bebidas alcoólicas, para identificar produtos adulterados e de origem duvidosa.

O que é o metanol?

É um tipo de álcool utilizado na indústria como solvente e na fabricação de produtos químicos, combustíveis e tintas. Embora pareça semelhante ao etanol, usado em bebidas alcoólicas, ele é altamente tóxico e não pode ser ingerido por humanos.

Quando consumido, o metanol é metabolizado no fígado em substâncias como formaldeído e ácido fórmico — compostos extremamente prejudiciais ao organismo. Mesmo em pequenas doses, pode causar sintomas como náuseas, dor abdominal, visão turva, confusão mental, falta de ar e, nos casos mais graves, levar à cegueira ou à morte.

O ácido fórmico gerado no processo é especialmente nocivo à retina e aos tecidos celulares, provocando lesões irreversíveis. Por isso, a ingestão de bebidas adulteradas com metanol representa risco alto e imediato à vida.

 

Matéria: Campo Grande News

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