Após onde de calor atingir Mato Grosso do Sul e elevar a temperatura máxima em torno dos 40 ºC, a Energisa registrou recorde de consumo de energia elétrica no estado na noite de quinta-feira (21), com 1.248 megawatts (MW).
De acordo com a concessionária, o último pico havia sido em 29 de março deste ano, quando foi registrado 1.214 MW. O coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, explicou que apenas o aumento de consumo de março para setembro, 34 MW, é suficiente para abastecer a quarta maior cidade de Mato Grosso do Sul: Corumbá.
“É a maior utilização de energia ao mesmo tempo da história, ou seja, muitos aparelhos ligados ao mesmo tempo puxando essa energia, que consequentemente vira consumo na conta do cliente”, relatou.
O pico exato de energia foi às 21h45, horário que a maior parte da população está em casa. Segundo a concessionária, o aumento do uso de energia solar é o principal responsável pelo horário de pico ser durante a noite, e não de dia.
Pico de consumo de energia elétrica foi registrado na quinta-feira em MS — Foto: Divulgação/Energisa
Contudo, até quem possui placas solares deve ficar atento a conta de energia, pois durante as ondas de calor, o número de consumo pode ser maior que o de produção.
“Para aquele cliente que não tem placa, a gente está falando de um valor maior na conta de energia, por causa desse consumo mais alto. E para aquele cliente que tem painel de geração, se ele não tiver bem dimensionado, não tiver analisado essa possível alta de temperatura, ele pode estar consumindo mais o que está gerando. Mas para todos os clientes o importante é ter total atenção ao consumo e para isso a gente pode trazer algumas dicas”, ressaltou Jonas.
Outro ponto destacado pelo coordenador, foi sobre a importância que a potência do ar-condicionado esteja bem dimensionada para o ambiente onde está instalado. Desta forma, evita-se que o aparelho consuma mais energia.
Além disso, Jonas lembra que quando o consumo de energia elétrica sobe, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) das contas de luz aumenta também. “No caso do residencial, quanto maior o consumo, maior a incidência do imposto. Ele sai da escala, por exemplo, 17% de ICMS, pode chegar até 25% de ICMS”.
Fonte: G1 MS