Estado já supera número de casos prováveis de dengue registrado em 2022

Em quatro meses, o número de casos prováveis de dengue registrados em Mato Grosso do Sul já supera a taxa catalogada durante os doze meses de 2022. Até o momento são 31.140 casos contra 26.548, 17% a mais. De todos os suspeitos, 14.854 foram confirmados, entre esse valor, 16 evoluíram para óbito e 5 estão em investigação. Os dados são do Cosems/MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) e ilustram o cenário até o dia 18 de abril, nº15 semana epidemiológica.

Conforme o presidente do conselho, José Lourenço Braga Liria Marin, 68 municípios estão com alta incidência de casos. “Esta é a segunda semana que estamos em queda de casos, devido a diminuição das chuvas. Mas a situação ainda é muito preocupante, é importante que todos os municípios estejam atentos para fazer a notificação, lançamento no sistema e o correto atendimento para evitar os óbitos”.

Maurício Simões Corrêa, secretário estadual de saúde, afirmou que o Estado ainda não passou pelo pico da epidemia de dengue. Ele também evidenciou, que com a chegada do inverno, é necessário aumentar a cobertura vacinal contra doenças gripais.

“Ainda estamos com baixa cobertura vacinal para as doenças respiratórias, que podem ser evitadas com a vacina, precisamos aumentar a cobertura para que não pressione ainda mais toda a rede assistencial”, disse.

Falta de inseticida

Desde o final de 2022 a distribuição do inseticida usado no fumacê foi suspenso pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a Capital utiliza a reserva técnica e não há previsão de reabastecimento.

O coordenador estadual de Controle de Vetores da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mauro Lucio Rosa, recebeu um ofício do Ministério informando que a previsão de chegada no país do Cielo UVL, produto usado no fumacê, será em maio, mas pode demorar mais até chegar aos municípios.

“Estamos ansiosos por conta da falta do insumo, mas precisamos entender que o inseticida é paliativo, não elimina ovos, larvas e nem pupas. Só elimina o mosquito se impregnar todo o corpo dele. A melhor ferramenta é o manejo ambiental, não devemos deixar o mosquito nascer”.

FONTE: CAMPO GRANDE NEWS

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