Nesta terça-feira (8), ex-marido de Felipa Moreno Ojeda, de 33 anos, foi preso no Paraguai acusado do feminicídio da vítima, crime descoberto em 19 de agosto de 2021. Felipa foi encontrada enterrada no quintal da casa do suspeito em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande.
Emiliano Edulfo Lopes foi abordado e preso pela Polícia Nacional do Paraguai nesta terça, com documento falso. Ele estava foragido, após ter prisão preventiva decretada, e deve ser extraditado.
Vítima denunciou o ex-marido
Antes de ser morta e ter o corpo encontrado enterrado no quintal da casa de seu assassino, Felipa já havia registrado dois boletins de ocorrência contra o ex-marido. Ele ainda tinha outros três boletins de ocorrência por violência doméstica, cometidos contra outra companheira dele.
Os boletins de ocorrência contra o homem começaram a ser registrados em dezembro de 2012, quando ele estava com outra companheira. Em 2019, 2020 e 2021 mais boletins de ocorrência foram registrados por vias de fato, ameaça e violência doméstica.
Entre eles, dois foram feitos por Felipa, que procurava ajuda contra os casos de violência. Foi a irmã de Felipa quem procurou a delegacia após ela desaparecer sem deixar rastros em maio de 2021, data em que foi vista pela última vez no status do WhatsApp.
Em depoimento, a irmã de Felipa contou ainda que seu irmão foi até a casa dela para saber sobre seu paradeiro. Na ocasião, ele teria conversado com o ex-marido de Felipa que relatou, primeiramente, uma viagem da vítima para o município de Naviraí.
Após esse episódio, ainda sem notícias, o irmão retornou à residência do homem a procura da mulher. O ex-marido de Felipa chegou a prestar depoimento na época, afirmando que a mulher teria chegado em casa e logo depois subido em uma camionete, que ele não conseguiu ver quem estava na direção, indo embora em seguida.
Corpo foi enterrado
O corpo da vítima foi encontrado em uma cova, no quintal da casa do suspeito. Equipes da Polícia Civil e Guarda Civil de Fronteira foram até o local, onde a vítima teria sido enterrada pelo ex-marido, após ser assassinada.
A casa era do principal suspeito e a investigação foi feita pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher).
Fonte: Jornal MidiaMax