A proposta é auxiliar pais, mães e filhos a conviverem em harmonia, amenizando os conflitos provocados pelo isolamento social
Com o isolamento social para evitar propagação do novo coronavírus, muitas famílias estão tendo dificuldade em se relacionar dentro de casa. A mudança brusca na rotina gerou estresse e passar 24h com as mesmas pessoas tem feito os conflitos se intensificarem. Por isso, surgiu o projeto “PSI em Casa”.
“É um projeto de extensão aprovado pela UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), que busca auxiliar gratuitamente famílias que estão tendo dificuldades de relacionamento durante o isolamento social”, explica Suéllen Soares Altrão.
Mestranda em Psicologia pela UFGD e especialista em Educação Especial, Suéllen tem 27 anos e é uma das responsáveis pela proposta, que está funcionando desde abril. O projeto iniciou em Dourados, mas atende todas das cidades de Mato Grosso do Sul.
Além de Suéllen, fazem parte da proposta a psicóloga e mestre em Educação, Luciana Padilha Espíndola Carvalho; o psicólogo e pós-graduando em Educação, Diversidade e Inclusão Social, Ronald Ferreira de Oliveira; a professora de Artes, Maria Helena Santana Moreira que também dá aula de balé e dança do ventre; Victor França que é professor de Educação Física e mestre em Educação em São Gabriel do Oeste, além da advogada responsável pela assistência jurídica e mestre em Educação, Ana Carolina Santana Moreira.
O grupo realiza atendimento por ligações, e-mails e até pelo WhatsApp, oferecendo orientações e dicas voltadas às necessidades de cada grupo familiar. Com o isolamento, angústias são geradas, o que pode dificultar com convívio com pais, filhos, esposas e maridos.
“Através da escuta, a psicologia pode contribuir na melhoria da relação. A maioria dos conflitos já existia e agora intensificou por conta da quarentena. Antes, a gente passava mais tempo com colega de trabalho, por exemplo. As famílias estão se conhecendo até mais no aspecto da convivência”, diz Suéllen.
Para conseguir o atendimento, é necessário preencher um formulário on-line, que está na página “PSI em Casa” criada para o projeto, com os dados pessoais e informar as dificuldades que está enfrentando. “A partir daí, entramos em contato e fazemos as orientações”, informa Suéllen.
O atendimento acontece de seis a oito semanas e, dependendo do caso, a pessoa é encaminhada para uma psicóloga clínica, Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Caps (Centro De Atenção Psicossocial).
Desde que começou, o projeto já atendeu cerca de 15 pessoas, entre Campo Grande e Dourados. Toda a conversa é sigilosa, e além das orientações, os pais também podem receber dicas de algumas atividades para fazer com os filhos, que são planejadas pelos professores do projeto.
As relações, ao fim do isolamento, podem ser melhoradas. “Penso que muitas devem se estreitar, porém, outras talvez encerrarão. Mas, iremos estreitar, pois é um sentimento do fim do mundo e há uma valorização maior”, conclui Suéllen.
Serviço – O formulário para conseguir atendimento pelo projeto pode ser acessado clicando neste link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfo0AXDvHvsj3FY4a-if2phKyW0E36p0wsZUQvxPSKppSRRfQ/viewform. Também tem o WhatsApp (67) 9108-4047 para quem preferir.
Fonte: CGNews