O FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) destinará, em 2026, R$ 3,1 bilhões a Mato Grosso do Sul, o maior volume de recursos já aprovado para o Estado. A programação foi definida na terça-feira (2), durante a 25ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), realizada em Brasília.
O encontro contou com a participação presencial do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD) e do coordenador de Competitividade Empresarial da Semadesc, Augusto de Castro. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, acompanhou a reunião de forma online.
Do total aprovado, 50% serão destinados ao setor empresarial, com foco em indústria, comércio, serviços e turismo, e a outra metade às atividades rurais. Segundo Jaime Verruck, a divisão busca equilibrar as demandas de quem produz e fortalecer uma agenda que contemple tanto o campo quanto os segmentos urbanos da economia. Ele lembrou que, em 2025, o FCO já aplicou mais de R$ 2,7 bilhões no Estado, mantendo papel decisivo no financiamento de projetos produtivos.
O secretário destacou que Mato Grosso do Sul entra em 2026 com capacidade ampliada de investimento e com regras atualizadas para setores estratégicos. Na área rural, a taxa de juros permanecerá competitiva, em torno de 8,5% ao ano. Já no setor empresarial, os juros poderão chegar a 16%, o que continua sendo motivo de reivindicação por parte do governo estadual.
“O governador Eduardo Riedel e o vice-governador Barbosinha têm defendido com firmeza a necessidade de reduzir os juros empresariais ou, preferencialmente, equalizá-los às taxas rurais. Esse é um ponto essencial para manter o ritmo de expansão da nossa indústria e dos serviços”, afirmou Verruck.
Entre as deliberações aprovadas pelo Condel está a ampliação do prazo de financiamento para o setor de armazenagem, demanda antiga de Mato Grosso do Sul. O prazo passa a ser de até 15 anos, com 5 anos de carência, com o objetivo de acelerar projetos e diminuir o déficit de capacidade identificado em estudos técnicos.
Outra mudança é a redução do valor mínimo para acesso a recursos do FCO empresarial, que caiu de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões, ampliando o alcance do programa e permitindo que mais empreendimentos se habilitem às linhas de financiamento.
O microcrédito produtivo orientado também ganhou reforço, com previsão de mais de R$ 1,5 bilhão para micro e pequenas empresas, tanto urbanas quanto rurais. Verruck lembrou que o instrumento se soma a linhas já consolidadas, como FCO Mulher, FCO Sustentabilidade e FCO Verde, esta última voltada para recuperação de pastagens degradadas no Estado.
Com as diretrizes definidas, Mato Grosso do Sul se prepara para operar, em 2026, um volume recorde de financiamento. A meta, segundo o secretário, é assegurar execução plena dos recursos aprovados.
“O importante é que os recursos estejam disponíveis e sejam efetivamente aplicados. Nosso compromisso, junto ao Conselho Deliberativo Estadual, é garantir que 100% desse montante chegue ao produtor, ao empresário e às iniciativas que impulsionam a economia sul-mato-grossense”, concluiu.
Matéria: Campo Grande News




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