Fenômeno El Niño segue até abril em MS e altas temperaturas devem impactar até o outono

A incidência do fenômeno El Niño aliada às mudanças climáticas deve continuar impactando o clima em Mato Grosso do Sul nos próximos meses. Tendência meteorológica para o próximo trimestre aponta para dias de calor acima da média e chuvas mais escassas.

Documento de previsão climática elaborado pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) mostra que a previsão climática para os meses entre fevereiro e abril é de chuva de até 500 mm.

Na maior parte do Estado são esperadas chuvas entre 400 a 500 mm. Já em parte das regiões sul/sudeste e pantaneira as chuvas variam entre 300 a 400 mm. Modelos apontam que o índice de precipitações fique dentro da média histórica.

Porém, nas regiões norte e nordeste do Estado, as chuvas devem ficar ligeiramente abaixo da média histórica para o trimestre.

Previsão de chuva e de calor para o país. (Foto: Cemtec/MS)

Calorão deve permanecer

Em contrapartida, as altas temperaturas devem permanecer em todo o Mato Grosso do Sul entre fevereiro e abril de 2024. O fenômeno El Niño deve continuar forte até abril, influenciando na formação de tempestades e no calor.

Dessa forma, o Cemtec/MS afirma que é esperado um trimestre bem mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul. Nos últimos meses foram observadas temperaturas máximas do ar próximas aos 38-42°C, evidenciando um trimestre mais quente que a climatologia.

2023 foi o ano mais quente do planeta

O ano de 2023 é o mais quente da história do planeta e também foi o mais quente da série histórica do Brasil. A média das temperaturas no país ficou em 24,92 graus Celsius (ºC) – sendo 0,69 °C acima da média histórica de 1991/2020, que é 24,23 °C. No ano anterior, em 2022, a média anual foi de 24,07 °C, 0,16 °C abaixo da média histórica.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), dos 12 meses do ano de 2023, nove tiveram médias mensais de temperatura acima da média histórica, com destaque para setembro, que apresentou maior desvio (diferença entre o valor registrado e a média histórica) desde 1961, com 1,6 °C acima da climatologia de 1991/2020 (média histórica).

 

Fonte: Jornal Midiamax

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