O fogo consumiu 2.305.550 hectares do território de Mato Grosso do Sul entre 1º de janeiro e 4 de novembro de 2024. Só no Pantanal, 20,82% do território foi destruído.
Os dados constam no Informativo nº 22 do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), divulgados nesta quarta-feira (6), e se referem a porções dos biomas Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica localizados no estado.
Em 2024, o tamanho de área queimada no estado é praticamente 6 vezes maior que o registrado no ano passado, quando 389.450 hectares de MS pegaram fogo neste mesmo período.
Pantanal
Somente em relação ao Pantanal, entre janeiro e 4 de novembro o bioma em MS perdeu 1.874.075 hectares devido aos incêndios florestais. Isso representa 20,82% do território pantaneiro que existe no estado, que totaliza cerca de 9 milhões de hectares.
O número atual é maior que o registrado em 2020. Naquele ano, o fogo devastou cerca de 1,2 milhão de hectares do Pantanal de MS.
Grande parte das regiões devastadas pelo fogo são áreas protegidas, como Unidades de Conservação e terras indígenas.
A realidade mais alarmante é observada em Unidades de Conservação, tanto do Cerrado, quanto do Pantanal, onde a incidência de incêndios cresceu 15,44 vezes em 2024 em relação a 2023.
A maior concentração dos focos de calor está nos municípios de Corumbá (65,0%), Aquidauana (17,3%), Porto Murtinho (9,1%) e Miranda (8,1%). Essas cidades registram 98,8% dos focos de calor do Pantanal sul-mato-grossense.
Previsão do clima
A incidência de chuvas em diversas regiões de Mato Grosso do Sul gerou bastante alívio na incidência de incêndios florestais no estado.
Para o Pantanal de MS, entre os dias 6 e 9 de novembro o perigo de fogo é “baixo”. Já para os dias 10 e 11 de novembro, as condições de perigo de fogo se intensificam variando entre “baixo a “moderado”.
A médio prazo, no trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro de 2024/2025, a probabilidade de fogo em grande parte do estado encontra-se em nível entre “Observação” e “Baixa Probabilidade”. Mas, na região pantaneira, o nível de alerta está em “Alerta Alto”.
Fonte: Jornal Midiamax