Usuários de outros estados brasileiros compartilharam nas redes sociais que sentiram forte cheiro de gás durante o trajeto.
O presidente do sindicato dos motoristas de aplicativo (Aplic-MS), Paulo Pinheiro, afirmou que, até o momento, não há casos do “golpe do cheiro” em Mato Grosso do Sul.
O perfume inalado contém substâncias psicoativas, como éter, clorofórmio ou etanol, ou até mesmo as três substâncias juntas.
As mulheres são as principais vítimas. A armadilha pode ser estratégia de criminosos.
De acordo com o superintendente do Procon-MS, Rodrigo Vaz, a população sul-mato-grossense precisa ficar atenta em relação as tentativas de dopagens por motoristas de aplciativo.
“É necessário que se alerte a população para se precaver e denunciar, caso seja vítima. Até o momento não se tem conhecimento de algum caso aqui no Estado. Mas, caso alguém seja prejudicado, não deixe de denunciar”.
Segundo o presidente da Aplic-MS, Paulo Pinheiro, as armadilhas do “golpe de cheiro” começaram na Europa e depois migraram para o Brasil.
“As redes sociais orientam tanto os nosso motoristas e principalmente a nossa população. A gente pede que verifique o nome do motorista, carro, cor e placa ao fazer a solicitação da chamada. Não entre em carro suspeito”, explicou.
“Geralmente a pessoa [criminoso] está em outro tipo de carro, com placa diferente da que foi passada no aplicativo, a pessoa diz que o carro está na oficina e por isso acontece essas coisas”, complementou.
Existem oito mil motoristas de aplicativo em Campo Grande e 14 mil em Mato Grosso do Sul circulando por 16 municípios.
Alguns dos municípios que contemplam corridas por aplicativo são Corumbá, Ponta Porã, Dourados, Três Lagoas e Rio Brilhante.
A assessoria de imprensa da 99 POP disse que repudia qualquer forma de violência, assédio ou violência sexual.
“Entre os recursos de segurança, a plataforma conta com inteligências artificiais que identificam potenciais riscos e direciona, motoristas mais bem avaliado ou motoristas mulheres para as passageiras; monitoramento em tempo real de todas as corridas; compartilhamento de rota com contatos de confiança; gravação de áudio e botão para ligar direto para a polícia”.
A empresa ainda informou que passageiros(as) quem sofrerem esse ou outro tipo de violência ou armadilha, devem comunicar a plataforma imediatamente por meio do app ou através do número 0800-888-8999.
“Medidas cabíveis devem ser tomadas para que seja oferecido todo o suporte e acolhimento necessários”.
Em nota, a Uber informou que acompanha as denúncias e que não houve comprovação, pelas autoridades policiais, “de nenhum inquérito que tenha sido concluído identificando elementos que comprovem o uso de quaisquer substâncias com o propósito de dopagem ou com o indiciamento do suposto motorista agressor”.
“Com relação ao que vem sendo chamado de ‘golpe do cheiro’, a única denúncia dessa natureza relativa a viagens no aplicativo da Uber que já teve a investigação concluída pela Polícia Civil, até onde temos conhecimento, ocorreu em Canoas (RS) e o caso foi encerrado após o inquérito policial, já que, de acordo com as autoridades, não houve elementos de prática de crime. Em outro caso, no Rio de Janeiro, o laudo pericial atestou que não foram encontradas substâncias de natureza tóxica, perigosa ou nociva”, dia a empresa, em nota.
“De qualquer forma, a Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei”, finaliza a Uber, em nota.
Fonte: Correio do Estado