O governo federal informou que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) investirá R$ 44,7 bilhões em Mato Grosso do Sul nos próximos anos. A iniciativa será apresentada oficialmente nesta sexta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma cerimônia no Rio de Janeiro. No Brasil, o montante total é de R$ 1,68 trilhão.
Em Mato Grosso do Sul, o governo federal prometeu obras específicas. No bojo de ações, algumas são categorizadas como mais importantes:
- Construção do contorno de Três Lagoas;
- Adequação da BR-267 – Alto Caracol – Porto Murtinho;
- Aeroporto de Dourados;
- Mais moradias do Minha Casa, Minha Vida.
Segundo o governo, o programa terá nove eixos, para atender necessidades em diferentes áreas. Veja cada um abaixo:
- Inclusão digital e conectividade: R$ 2,8 bilhões
Investimento para levar internet a toda as escolas públicas, expandir a cobertura do 5G e levar o 4G a rodovias e regiões remotas.
- Saúde: R$ 500 milhões
Construção de novas unidades básicas, serão construídas novas unidades básicas, policlínicas, maternidades e compra ambulâncias. Investimento para ampliar oferta de vacinas e hemoderivados e o acesso à telessaúde.
- Educação, ciência e tecnologia: R$ 4,5 bilhões
Construção de creches, escolas de tempo integral e a modernização e expansão de institutos e universidades federais.
- Infraestrutura social e inclusiva: R$ 300 milhões
Investimento em espaços de cultura, esporte e lazer.
- Cidades sustentáveis e resilientes: R$ 1,8 bilhão
Construção de novas unidades do Minha Casa, Minha Vida e financiamento para aquisição de imóveis. Investimento em mobilidade urbana, urbanização de comunidades, esgotamento sanitário, gestão de resíduos sólidos e contenção de encostas e combate a enchentes.
- Água para todos: R$ 200 milhões
Investimento na revitalização das bacias hidrográficas.
- Transporte eficiente e sustentável: R$ 15,4 bilhões
Investimentos em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias.
- Transição e segurança energética: R$ 15,7 bilhões
Previsão de universalizar o atendimento no Nordeste e antecipar a universalização de comunidades isoladas na Amazônia Legal.
- Defesa: R$ 3,5 bilhões
Investimentos para equipar Exército, Marinha e Aeronáutica.
O PAC
A nova versão do PAC foi coordenada pela Casa Civil, que selecionou projetos de infraestrutura nas 27 unidades da federação.
Lula aposta no retorno do programa para incentivar a geração de emprego e renda com grandes obras em diferentes áreas, com empreendimentos executados pelo governo federal e parcerias com o setor privado.
O PAC foi criado em 2007, no segundo mandato de Lula, e mantido até o final da gestão de Dilma Rousseff, em 2016. Nas edições anteriores do programa, o governo gastou R$ 666,5 bilhões, em valores atualizados pela inflação até junho deste ano.
O valor é pouco mais de 11 vezes maior que o recurso previsto para investimento anual na nova rodada, que é de R$ 60 bilhões.
Apesar dos altos valores de investimento, o PAC teve baixa execução de obras. Um relatório do TCU de 2019 aponta que o PAC 1 (2007 a 2010) concluiu somente cerca de 9% das ações previstas no período. Já o PAC 2 (2011 a 2014) entregou 26% das medidas previstas.
G1