Organização criminosa alvo da Operação Alumidas – contra sonegação de impostos – deflagrada nesta terça-feira (14) em Mato Grosso do Sul e outros cinco estados, já foi alvo de outra operação, a Blindagem Metálica, em setembro de 2021. Na época, investigação apontou que o grupo sonegou R$ 4 bilhões em cinco anos, simulando compra e venda de alumínio.
O grupo conseguiu preço mais competitivo no mercado e acabou criando monopólio no ramo de reciclagem, a partir de créditos gerados ilicitamente com a fraude tributária. A Blindagem Metálica, feita pela Polícia Federal, descobriu que a organização criminosa contava com estrutura de ponta e “contabilidade paralela, utilizando todo o tipo de fraude para blindar o grupo das autuações do fisco federal e estadual”.
A fraude, segundo a PF, é complexa e caracterizada pelo uso intensivo de empresas “laranjas”. Durante os trabalhos, também foi identificado que o grupo adquiriu o controle de outras empresas do setor nos últimos anos. Para dar maior credibilidade a transações de compra e venda, o grupo mantinha um complexo esquema de pagamentos e recebimentos de notas fiscais das empresas “blindadoras” e “noteiras”, com o objetivo de simular a operação mercantil e dificultar o rastreamento pelo fisco.
“Império de lata” – O principal alvo da Blindagem Metálica, a Latasa Reciclagem, construiu “império” trabalhando com o reaproveitamento de latinhas, possuindo unidades em Campo Grande e Paranaíba, a 422 km da Capital.
Fonte: CG News