Um guarda municipal de 35 anos é suspeito de matar a tiros a ex-companheira, uma estudante de 28 anos, no início da madrugada desse domingo (1º), no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. De acordo com a polícia, ele também teria atirado contra uma amiga da vítima e o marido dela, que morreu no local. O suspeito está foragido.
Conforme a delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa, há 15 dias, a jovem registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito por ameaça com arma de fogo e invasão de domicílio. Na ocasião, ela pediu medida protetiva, mas que não entrou em vigor por causa do feriado de carnaval.
A reportagem entrou em contato com o Tribunal de Justiça para entender o motivo do atraso do cumprimento da medida protetiva, mas não obteve retorno. A reportagem também entrou em contato com a Guarda Municipal de Campo Grande que informou que os fatos estão sendo apurados e que nesta segunda-feira (2) se posicionará sobre o caso.
Segundo a delegada, o casal estava junto há 7 meses. O suspeito não tinha passagem pela polícia. Na madrugada desse domingo ele foi até um churrasco onde vítima estava com amigos, a chamou para conversar na frente da casa e os dois começaram a discutir.
Ainda de acordo com a delegada, ele atirou contra a cabeça da ex. A amiga, que é enfermeira, correu para dentro do imóvel para pedir ajuda e foi atingida com um tiro nas costas. Ela está internada na Santa Casa de Campo Grande que informou que seu quadro de saúde é estável e não corre risco de morte.
O marido da amiga da vítima, um promotor de vendas, que foi socorre-la, levou um tiro no tórax e não resistiu ao ferimento e morreu no local. Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), em Campo Grande. A suspeita é que o guarda municipal usou um revólver calibre 38, segundo a ocorrência.
A Casa da Mulher Brasileira investiga o caso que foi registrado como feminicídio, homicídio e tentativa de homicídio. Esse é o sétimo feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul nos primeiros três meses de 2020.
G1