Comentário sobre trabalho em dia de feriado fez o trabalhador rural José de Souza, de 57 anos, ser agredido em uma conveniência do município de Vicentina (MS), na quarta-feira (20). De acordo com a família, ele e testemunhas contaram que o agressor escutou uma conversa, se levantou da mesa onde estava e então deu socos e pontapés na vítima.
‘Meu pai tinha ido assistir jogo e fazia uma aposta com um amigo. Ele disse que apostava R$ 200 que era o que tinha no momento e que no dia seguinte iria trabalhar de novo porque não era funcionário público. A pessoa da mesa ao lado, que é funcionário público, levantou e deu soco nele”, conta a psicóloga Thaelize Evangelista.
Segundo relatos, as agressões só terminaram quando pessoas que estavam no local interviram. A vítima registrou boletim de ocorrência, e foi em busca de atendimento médico. No dia seguinte, conforme a família, ele “estava desorientado, não conseguia se equilibrar e saia muito sangue do seu nariz”.
Conforme apurado pela reportagem, o trabalhador foi levado pela família para o hospital de Fátima do Sul, onde realizou diversos exames e, de acordo com Thaelize, segue internado sem previsão de alta.
“A consciência está voltando, ele pergunta onde está, qual meu nome, mas isso já está quase 80%. Meu pai segue cheio de hematomas pelo corpo e forte dores, porém acredito que o risco de ter alguma sequência permanente estão mais reduzidas”, disse.
Conforme a psicóloga, seu pai não fez qualquer alusão ao agressor, nem ao funcionalismo público, e apenas disse que iria trabalhar porque depende financeiramente da venda do que produz no campo.
“Em nenhum momento meu pai se referiu ao agressor. Ser funcionário público não é ofensa, tanto que eu e minha irmã somos funcionárias públicas: eu estadual e e ela federal”, finaliza.
Ainda segundo a família, o suspeito é morador na cidade e teria dito à polícia que ele e a vítima entraram em vias de fato na conveniência.
