Lula faz críticas a Bolsonaro e chora ao ser diplomado no TSE

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB) receberam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (12/12), a diplomação. Durante sessão solene, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, entregou o certificado de que as eleições foram legítimas e a chapa presidencial cumpriu a última etapa do processo, condição para que o próximo mandatário brasileiro possa tomar posse, em 1º de janeiro.

Lula e Alckmin chegaram ao TSE acompanhados de suas esposas, Rosângela Lula da Silva (Janja) e Lu Alckmin, respectivamente.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi aplaudido de pé no início da cerimônia de diplomação. Lula e Alckmin também foram aplaudidos ao se sentarem na tribuna do tribunal. Os aliados do petista presentes na sessão desta segunda fizeram coro para desejar “boa tarde” ao futuro presidente.

O próximo chefe do Executivo federal chorou no início do seu discurso, e lembrou que já foi questionado por não ter diploma universitário.

“Quero pedir desculpa pela emoção, pois quem passou o que eu passei e está aqui agora é a certeza que Deus existe e é maior do que qualquer pessoa”, declarou Lula ao lembrar do tempo que ficou preso em Curitiba.

Lula fez críticas a Bolsonaro e declarou que “inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo. Criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação”.

O futuro presidente ainda acusou o governo Bolsonaro de “comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”. De acordo com o petista, integrantes da gestão bolsonarista “intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspensão de benefícios, e trabalhadores com o risco de demissão sumária, caso contrariassem interesses de empregadores”.

Moraes criticou as fakes news disseminadas durante a eleição e mencionou os ataques recebidos por integrantes da Justiça Eleitoral. Segundo o presidente do TSE, “extremistas criminosos pretendem prejudicar a democracia”. O ministro declarou que os criminosos serão “responsabilizados para que não retornem nas próximas eleições”.

A diplomação é a confirmação da legitimidade das eleições, está prevista no Código Eleitoral é o último passo antes da posse. Para que ela ocorra, o TSE analisa toda a documentação da chapa eleita, como a prestação de contas e os recursos com questionamentos sobre o resultado do pleito.

A princípio, o TSE previa a diplomação para 19 de dezembro, última data prevista no calendário eleitoral para a cerimônia. No entanto, a fim de arrefecer os movimentos bolsonaristas em frente a quartéis-generais e em rodovias brasileiras contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, a cerimônia foi remarcada para esta segunda.

Fonte: Metrópoles

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